sábado, 27 de junho de 2009

(Des)esperar



O tema central do espetáculo foi desenvolvido a partir da compreensão corporal e imagética do que seria, cenicamente, o estado de espera. Três aspectos foram estudados: a não percepção do agora, as expectativas femininas e a ação (ou não-ação) que está presente no ato de esperar.
(Des)esperar tem como base a autonomia do intérprete criador na concepção do espetáculo. Partindo de exercícios corporais, depoimentos pessoais e das improvisações feitas em sala de ensaio, o texto foi construído diariamente pelas atrizes, que conduzem, durante a peça, uma relação de interdependência entre quatro mulheres que se encontram na mesma condição: a espera.
A peça é encarada como um improviso. Foi escrito um roteiro, utilizado para resumir o conflito e fixar os jogos de cena. A partir deste, as atrizes, em cena, tem a liberdade de criar os caminhos que irão seguir para contar esta estória. Assim, a cada apresentação, se constrói - no ato da cena - ação, relação e texto.
O cenário é um espaço vazio. Os objetos, lugares, personagens são re-significados a partir das ações das atrizes, da iluminação e da trilha sonora.
Para a montagem do espetáculo (Des)esperar, o grupo contou com grandes contribuições das seguintes artistas: Felícia Johansson, Rita de Almeida Castro, Sônia Paiva, Adriana Lodi, Larissa Sarmento e Savina João.

Local: Teatro do Centro Cultural SESI de Taguatinga.
Endereço: Taguatinga - DF
Telefone do Local: ---
De: 29/06/2009 a 01/07/2009

Ingressos: Entrada franca
Ponto de Venda: Entrada franca

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Oficina de Papel Machê


Oficina de Papel Machê do Projeto Temporadas Aroeiras da Cia Artcum.
CIA ARTCUM - O BOI JATOBÁ
Associação Cultural sem fins lucrativos, de direito privado, formalizada em 2005. Projetos da Cia Artcum: Ponto de Cultura Cia Artcum, Solte o boi na Escola, Temporadas Aroeiras, Exposição Quero-quero.

terça-feira, 23 de junho de 2009

1ª Conferência Internacional de Teatro do Oprimido


http://www.ctorio.org.br/

Teatro Nelson Rodrigues / Teatro da Caixa / Casa do Centro de Teatro do Oprimido
Rio de Janeiro, de 20 até 26 de Julho
De 20 a 26 de Julho de 2009 acontecerá a primeira Conferência Internacional de Teatro de
Oprimido, no Rio de Janeiro, evento que será um tributo a Augusto Boal e um marco histórico para
a continuidade de sua obra. Entre as atividades, teremos: painéis de discussão sobre o impacto do
Teatro do Oprimido em diferentes áreas temáticas e regiões do mundo; mostra internacional de
vídeos; apresentação de espetáculos de Teatro-Fórum com sessões de Teatro Legislativo; e
exposição de produções da Estética do Oprimido, última pesquisa realizada por Boal.
As inscrições estão abertas até 30 de Junho através da ficha em anexo que deve ser enviada para
helensarapeck@ctorio.org.br c/c ctorio@ctorio.org.br
Esta Conferência é uma realização do Centro do Teatro de Oprimido com o apoio de ativistas da
Austrália, Israel, Palestina, Nepal, Paquistão, Índia, Suécia, Holanda, Áustria, Alemanha, Inglaterra,
França, Itália, Espanha, Portugal, Senegal, Guiné-Bissau, Sudão, Moçambique, Angola, Canadá,
EUA, Porto Rico, Argentina, Uruguai e Brasil. Após a Conferência, esses ativistas realizarão um
encontro para discutir os desafios para o desenvolvimento de projetos locais e planejar ações de
cooperação internacional.
1
Teatro do Oprimido: Por quê? Pra quê? Com quem? Como?
1- Objetivo Geral:
· Ratificar os fundamentos políticos, filosóficos, estéticos e pedagógicos do Método do
Teatro do Oprimido.
2- Objetivos Específicos:
· Analisar o impacto da aplicação do Método em diferentes áreas temáticas, nas diversas
regiões do mundo.
· Estimular a reflexão sobre o Movimento Internacional de Teatro do Oprimido e as
perspectivas de sua organização, considerando a existência da atual AITO e sua Yellow
Page.
· Estruturar o Encontro Internacional que acontecerá em Julho de 2010, em Belém (região
amazônica), dentro do Congresso Mundial IDEA.
3- Aitividades:
· Cerimônia de abertura com exibição de documentário sobre o Centro de Teatro do
Oprimido.
· Painéis de discussão sobre o Teatro do Oprimido: análise do impacto da aplicação do
Método em diferentes áreas temáticas e regiões do mundo. Murais informativos sobre as
experiências em foco complementarão o ambiente de discussão.
· Exposição de Produções da Estética do Oprimido, com exibição de imagens sobre o
processo de trabalho. A exposição do produto artístico e a exibição do processo estético.
· Mostra Internacional de Vídeos: Imagens do Teatro do Oprimido.
· Espetáculos de Teatro-Fórum com sessões de Teatro Legislativo.
· Encontro Internacional de Praticantes do Teatro do Oprimido (exclusivo para ativistas já
cadastrados).
4- Programa: 20 a 26 de Julho de 2009
· 20 – segunda:
Imagens do Teatro do Oprimido
Mostra Internacional de Vídeos
2
10h – Lotte und Anton – Alemanha
(Teatro-Fórum feito por jovens prisioneiros na Alemanha oriental.).
Debate com Till Baumann - TheaterDialog
11h – Theatre of the Oppressed in Pakistan – Paquistão
(Um panorama sobre o Teatro do Oprimido e seu desenvolvimento no
Paquistão)
Debate com Mohammad Wassem – Interactive Resource Centre IRC
12h – Here and Now – Canadá
(Encenação sobre a violência de gangues com Fórum realizado ao
vivo, pelo telefone e pela internet.).
Debate com David Diamond – Headlines Theatre
14h – Amina busca trabajo – Espanha
(A história de uma marroquina que busca sobreviver na Espanha vira
Fórum e gera o projeto teatro em família.)
Debate com Jordi Forcadas – Forn de teatre Pa´tothom
15h – Meu Marido está a negar – Moçambique
(Uma demonstração de como o Teatro do Oprimido é instrumento
eficaz de transformação da realidade.)
Debate com Zaina Raja – GTO-Maputo
16h – Jana Sanskriti, um teatro em campanha – Índia
(Documentário sobre o mais antigo grupo de Teatro do Oprimido da
Ásia).
Debate com Sima Ganguly – Jana Sanskriti
e Jeanne Dosse – Diretora do filme.
Cerimônia de Abertura
19h
· Abertura oficial
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
Teatro do Oprimido de Ponto a Ponto: trajetórias
· Boal de Paris ao Rio
Rosa Luísa Marques – Universidade de Porto Rico
· A difusão nos Pontos de Cultura
Célio Turino – Programa Cultura Viva, Ministério da Cultura,
Brasil
· O caminho da Estética do Oprimido
Bárbara Santos – Centro de Teatro do Oprimido, Brasil.
 Exibição de vídeo sobre Centro de Teatro do Oprimido.
3
 Apresentação do Canto Augusto pelo Coral Internacional, com regência
de Nuno Arcanjo.
· 21 – terça:
9h às 10h
 Mesa de Introdução:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
Opressão. Em qual sentido?
Julian Boal – GTO-Paris, França
Carolina Echeverría – Grupo Trafo, Argentina
Intervalo para um Cafezinho Carioca
10h30min às 13h
 Conferência Tema 1:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
Teatro do Oprimido como Política
· Teatro do Oprimido como estratégia de luta do Movimento dos
Trabalhadores Rurais sem Terra
Evelaine Martines – Setor de Cultura do MST, Brasil
· O Teatro do Oprimido como Arte Marcial
Sanjoy Ganguly – Jana Sanskriti, Índia
· Teatro Legislativo: o cidadão assume o poder.
Olivar Bendelak – Centro de Teatro do Oprimido, Brasil
· A experiência do Teatro Legislativo no Nepal
Sunil Pokharel - Aarohan-Gurukul Theatre, Nepal
13h30min/14h30min
Mostra Internacional de Vídeos:
Teatro do Oprimido nas Escolas – Brasil
(Projeto desenvolvido em escolas de áreas empobrecidas e em
contextos de violência.)
Debate com Flávio Sanctum
15h às 16:30
 Mesa de Introdução:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
A Pedagogia e o Teatro do Oprimido
Moacir Gadotti – Instituto Paulo Freire, Brasil
Dan Baron – Associação Internacional de Drama, Teatro e
Educação – IDEA
Doug Paterson – PTO, Estados Unidos
4
Intervalo para um Cafezinho Carioca
17h às 19h
 Conferência Tema 2:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
As dimensões educativas e pedagógicas do TO
· Pronunciamento em vídeo de Augusto Boal
· Teatro do Oprimido nas Escolas
Helen Sarapeck – Centro de Teatro do Oprimido, Brasil
· Teatro do Oprimido como instrumento educativo, pedagógico e
cultural na luta contra a AIDS.
Alvim Cossa – GTO-Maputo, Moçambique
· O desafio de desafiar o status quo na educação.
Ronald Matthijssen e Luc Opdebeedk – Formaat, Holanda
20:30
 Teatro-Fórum com sessão de Teatro Legislativo.
· 22 – quarta:
9h às 10h
 Mesa de Introdução:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
A opressão contra a mulher.
Andréia Rodrigues – Marcha Mundial das Mulheres, Brasil.
Jurema Werneck – Mulheres Negras, CRIOLA, Brasil.
Intervalo para um Cafezinho Carioca
10h30min às 13h
 Conferência Tema 3:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
Um teatro das e para as oprimidas.
· Por que dar visibilidade ao sistema de dominação?
Muriel Naessens – Féminisme ENJEUX Théatre de l'Opprimé,
França
· A face feminina do Teatro do Oprimido.
Birgit Fritz – Austrian Forumtheatre Association, Áustria
· Marias do Brasil – a mulher no espelho vai à luta
Claudete Félix – Centro de Teatro do Oprimido, Brasil
· Mulheres na Cena Africana do TO
Zaina Rajá – GTO-Maputo, Moçambique
5
Edilta da Silva – GTO-Bissau, Guiné-Bissau
13h30min/14h30min
Mostra Internacional de Vídeos:
The Lawnmorwers Theatre Company – Inglaterra
(Companhia teatral inglesa composta por pessoas com dificuldade de
aprendizagem.)
Debate com Geraldine Ling
15h às 16:30
 Mesa de Introdução:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
Contextualizando a Saúde Mental
Pedro Gabriel Delgado – Ministério da Saúde, Brasil
Cecília Boal – Psicoterapeuta, Brasil
Intervalo para um Cafezinho Carioca
17h às 19h
 Conferência Tema 4:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
O Teatro do Oprimido na Saúde Mental
· Pronunciamento em vídeo de Augusto Boal
· Delírio patológico e as formas delirantes da arte.
Geo Britto – Centro de Teatro do Oprimido, Brasil
· Usuários em compainha profissional
Tim Wheeller – Mind the Gap, Inglaterra
· TO no tratamento de comunidades traumatizadas.
Brent Blair – University of Sothern California, EUA
20:30
 Teatro-Fórum com sessão de Teatro Legislativo.
· 23 – quinta:
9h às 10h30min
 Mesa de Introdução:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
Direitos Humanos: do que estamos falando?
Paulo Vannuchi – Ministro dos Direitos Humanos, Brasil
Cecília Coimbra – Grupo Tortura Nunca Mais, Brasil
Intervalo para um Cafezinho Carioca
6
11h às 13h
 Conferência Tema 5:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
O Teatro dos Direitos Humanos
· Pronunciamento em vídeo de Augusto Boal
· Juventude, violência e TO na Alemanha Oriental.
Till Baumann – TheaterDialog / Instituto Paulo Freire, Alemanha
· Cidadania de papelão, como assim?
Adrian Jackson – Cardboard Citizens, Inglaterra
· Espaços de liberdade atrás de muros das prisões.
Bárbara Santos – Centro de Teatro do Oprimido, Brasil
13h30min/14:30
Mostra Internacional de Vídeos:
Fábrica de Teatro Popular Nordeste – Brasil
(Programa de formação de Multiplicadores do Teatro do Oprimido na
região nordeste.)
Debate com Claudia Simone e Cláudio Rocha
15h às 16h Teatro de Arena da Caixa
 Mesa de Introdução:
· Chegança Teatral: exercício, jogo ou técnica.
Ações culturais nas zonas de conflito do Rio maravilha
Projeto Mulheres pela Paz – Brasil
José Junior – Afroreagge, Brasil
Gutti Fraga – Nós do Morro, Brasil
Intervalo para um Cafezinho Carioca
16h30min às 19h
 Conferência Tema 6:
O Teatro do Oprimido em zonas de conflito:
· O Teatro que enfrenta bloqueios.
Iman Aoun – Grupo Ashtar, Palestina
· Militares e sociedade civil no mesmo palco.
José Carlos – GTO-Bissau – Guiné-Bissau
· O Teatro que cria pontes.
Chen Alon – Israel
· O Diálogo como desafio.
Justin Billy – Sudão
7
20:30
 Teatro-Fórum com sessão de Teatro Legislativo.
· 24 – sexta:
10h às 19h: Encontro Internacional de Praticantes do Teatro do
Oprimido
20:30
 Teatro-Fórum com sessão de Teatro Legislativo.
· 25 – sábado:
10h às 19h: Encontro Internacional de Praticantes do Teatro do
Oprimido
20h30min
Espetáculo de Teatro-Fórum – GTO-Bissau
22h30min
 Sarau Cultural
· 26 – domingo:
11h às 17h: Encontro Internacional de Praticantes do Teatro do
Oprimido
Conferência Internacional de Teatro do Oprimido 20 a 26/07/2009
8
Atividades Local 19/0
7
20/0
7
21/0
7
22/0
7
23/0
7
24/0
7
25/0
7
26/07
Conferência Internacional do Teatro do Oprimido
(aberta ao público mediante inscrição)
Ensaio do Coral
Internacional com
Nuno Arcanjo
Teatro Nelson
Rodrigues
14h
17h
Cerimônia de
Abertura da
Conferência
Teatro Nelson
Rodrigues
19h
Painéis de discussão
sobre o Teatro do
Oprimido
Teatro Nelson
Rodrigues
09h
19h
09h
19h
09h
13h
Painel de discussão
sobre o Teatro do
Oprimido
Teatro de
Arena
15h
19h
Mostra de Vídeos Teatro Nelson
Rodrigues
10h
17h
13:3
014:
30
13:3
014:
30
13:3
014:
30
Teatro-Fórum com
sessões de Teatro
Legislativo
Teatro de
Arena
20:3
0
20:3
0
20:3
0
20:3
0
Apresentação GTOBissau
Teatro de
Arena
20:3
0
Exposição da
Estética do
Oprimido
Teatro Nelson
Rodrigues
Teatro de
Arena
10h
22h
10h
22h
10h
22h
10h
22h
10h
22h
10h
19h
Encontro Internacional de Praticantes do Teatro do Oprimido
(exclusivo para convidados)
Encontro
Internacional de
Praticantes de Teatro
do Oprimido
Centro de
Teatro do
Oprimido
10h
19h
10h
19h
11h
17h
Processo estético
coletivo de produção
da Árvore do Teatro
do Oprimido
Centro de
Teatro do
Oprimido
13h
16h
13h
16h
Sarau Cultural Centro de
Teatro do
Oprimido
22:30 9
10
Activities Place 19/0
7
20/0
7
21/0
7
22/0
7
23/0
7
24/0
7
25/0
7
26/0
7
International Theatre of the Oppressed Conference
(open for the public through registration )
Rehearsal of the
International Choral
with Nuno Arcanjo
(Song to Boal)
Teatro Nelson
Rodrigues
14h
17h
Exhibition of TO
Videos
Teatro Nelson
Rodrigues
10h
17h
13:3
014:
30
13:3
014:
30
13:3
014:
30
Opening ceremony Teatro Nelson
Rodrigues
19h
Panels about Theatre
of the Oppressed
Teatro Nelson
Rodrigues
09h
19h
09h
19h
09h
13h
Panel about Theatre
of the Oppressed
Teatro de
Arena
15h
19h
Presentations Forum
Theatre with
Legislative
Theatre sessions
Teatro de
Arena
20:3
0
20:3
0
20:3
0
20:3
0
Forum Theatre with
GTO-Bissau
Teatro de
Arena
20:3
0
Exposition of
Aesthetic of the
Oppressed artistic
products
Teatro Nelson
Rodrigues
Teatro de
Arena
10h
22h
10h
22h
10h
22h
10h
22h
10h
22h
10h
19h
International Theatre of the Oppressed Practitioners Meeting
(only for guests)
International Theatre
of the Oppressed
Practitioners
Meeting
Centro de
Teatro do
Oprimido
10h
19h
10h
19h
11h
17h
Aesthetic of the
Oppressed:
collective
production
Centro de
Teatro do
Oprimido
13h
16h
13h
16h
Cultural Party Centro de
Teatro do
Oprimido
22:3
0
Closing 18h
11

Teatros do Distrito Federal - Brasília continua a ganhar novos espaços cênicos... conheça alguns:




Teatro Águas Claras (Caesb)
Avenida Sibipiruna, lotes 13/21
Brasília DF
Teatro da Praça
Taguatinga, telefone 3352 0576


Teatro Funarte Plínio Marcos
Setor de Divulgação Cultural, atrás da Torre de TV, Eixo Monumental, responsabilidade da Funarte, teatro semi-arena capacidade 542 lugares, Livraria Maria Clara Machado, Galeria Fayga Ostrower, Sala Funarte Cássia Eller, capacidade 214. Telefone 3226-9228 / 3223-2341


Teatro da Caixa
SBS, quadra 4, lotes 3/4, Conjunto Cultural da Caixa, anexo ao edifício sede, CEP 70 092.900, telefones 3414 9000 e 3414 9446

Teatro Nacional Cláudio Santoro
Setor Cultural Norte, via N2, CEP 70041-905, Brasília, DF, telefones 3325-6107 e 3325-6240, dispõe de três salas de espetáculos e ainda de salas de ensaio para corais, dança e orquestra. Um dos mais novos espaços do TNCS é o Espaço Dercy Gonçalves, no topo da pirâmide, para lançamentos, coquetéis e entrevistas coletivas. As bilheterias das 12h às 20h.

Sala Villa-Lobos
a sala mais badalada de espetáculos de Brasília homenageia o grande compositor das Américas, Heitor Villa-Lobos, bilheteria 3325-6109, capacidade 1.307 lugares, palco de 450 metros quadrados, com 17 metros de abertura e 25 metros de profundidade, dois elevadores e sete camarins. No foyer, obras de Ceschiatti, Mariane Perreti, Athos Bulcão e jardins de Burle Max. Dispõe de salas de ensaio para corais, dança e orquestra.


Sala Martins Pena
em homenagem ao comediógrafo carioca, a Martins Pena tem capacidade 437 lugares, palco de 235 metros quadrados com 12 metros de abertura e 15 de profundidade, elevador e 15 camarins. Muitos diretores e atores consideram a SMP a melhor sala para teatro na cidade.


Sala Alberto Nepomuceno
lembra o compositor romântico cearense, toda em vermelho, a sala te capacidade: 95 lugares, palco de 14 metros quadrados e camarim. Chega-se a ela pelo foyer da Sala Villa-Lobos, ideal para pequenos recitais de música e teatro, palestras, lançamentos, filmes e 16mm e vídeos e encontros.




Casa do Teatro Amador
St Cultural Norte S s/n, Brasília
61 33256246




Centro Cultural Banco do Brasil
SBS Qd 1 Bl A s/n ss 2, Brasília
61 33107087


Espaço Cultural Renato Russo
CRS 508 Bl A s/n lj 72,70351515 Brasília
61 34436039


Teatro Mapa’ti
HCGN 707, bloco K, casa 13, telefone 3347 3920. Para 80 a 250 pessoas (teatro modular). Fundado pela atriz Teresa Padilha.

Teatro Oficina de Perdiz
SCRN 708/709, bloco D, lotes 8 e 10, telefone 3273 2364. Para 120 lugares. A Oficina do Perdiz, fundada em 1966, desde 1988 é também um espaço destinado ao teatro.



Teatro Garagem do SESC,
SEPS 713/913, bloco F, CEP 70390-135, telefone 3346 3034, capacidade 300 lugares. www.sescdf.com.br


Auditório do SESC
504 Sul, entrequadra 504/5 Sul, bloco A, CEP 70338-570, telefones 3321 3788, auditório para recitais de música e teatro.


Centro Cultural do Sesi,
QNF 24, Área Especial, Taguatinga Norte, o Centro possui sala de espetáculo - o Teatro Yara Amaral, com 478 lugares -, duas salas para ensaios de teatro e dança e uma galeria de arte, telefone 3354-4040.


Teatro da Escola-Parque

EQS 307/308, telefone 3242-0635/ 3242-0273, capacidade 573 lugares, sempre tem em cartaz produções de Brasília, próximo ao Espaço Cultural 508 Sul.

Teatro Goldoni,
entrequadra 208/209 Sul, Casa D’Itália, 2º pavimento, telefone 3443 1747 e pelo 3443-0606, no Núcleo de Arte e Cultura.(61) 3443-1747/0606



Teatro Dulcina de Moraes
Setor de Diversões Sul, edifício Conic, bloco C, loja 30/64, edifício Fundação Brasileira de Teatro, CEP 70392-902, telefone fundação: 3321 0182, capacidade: 450 lugares. Fundado em 1983 pela atriz Dulcina de Moraes. telefone do Teatro 3322 4147


Teatro Conchita de Moraes
SDS, bloco C, loja 30, edifício Fundação Brasileira de Teatro, subsolo, telefone 3226 6737. A sala é em homenagem à atriz Conchita de Moraes, mãe de Dulcina.


Teatro dos Bancários

EQS 314/315, CEP 70 324-900, telefones 3346 9090, ramal 320 ou 3245 7390. Teatro premiado internacionalmente por sua arquitetura. 474 lugares. Excelente para shows musicais.

Teatro Pedro Calmon

telefones 3415 4184, Setor Militar Urbano teatro com 1.200 lugares.


Espaço Cultural Anatel,

SAS quadra 6, bloco C, telefone 3212 2439. sala com capacidade para 220 lugares, capaz de abrigar espetáculos, conferencias, shows, etc e ainda galeria de arte e Museu do telefone.


Teatro Dom Bosco,
Colégio Dom Bosco, W-3 Sul, SEPS 702, telefone 3223 2650

Cine Teatro Itapoã,
Gama , Praça 1, Setor Leste, CEP 72400.000, 400 lugares, telefone 3385 3555

Teatro de Sobradinho,

Quadra 12, área especial n.º 4, telefone 3591 1133 capacidade 300 lugares.

Teatro Rubem Valentim,

Área Especial C, lote 6, Setor Escolar, Cruzeiro Velho, CEP 70 660-610, telefone 3363 1532, auditório com capacidade para 160 lugares, salão de múltiplas funções e espaço para exposições.


Teatro Sara Kubitschek,

SHMS quadra 301, conjunto A, Hospital Sarah, CEP 73330-150

Auditório da Casa Thomas Jefferson,
programa concertos e recitais de músicos eruditos e de jazz da cidade, bem como convidados brasileiros e internacionais, em apresentações com entrada franca.

Clube do Choro,
Setor de Divulgação Cultural, entre o Centro de Convenções e a Torre de TV, telefone 3327 0494. Um dos pontos vitais da musica em Brasília e espaço para a escola de choro Raphael Rabello.

Teatro Levino de Alcântara,
da Escola de Música de Brasília, com 600 lugares, programa concertos de alunos e professores, com entrada franca, telefone 3323 4327

Espaço Cultural Mosaico ‎20 km NE
Asa Norte - SCRN 714/715 Bloco D Loja, 16 - Brasília - DF, Brazil

Oficinas no Espaço Cultural Mosaico, entre elas, oficinas inéditas estão sendo oferecidas, como Percepção Musical para atores com André Togni e Oficina de Máscara ministrada por Guto Viscardi, e outras que são continuidade de cursos que aconteceram no ano de 2008, como as Oficinas de Maquiagem Artística, com Cyntia Carla, e O Espaço do Corpo, com Cláudio Chinaski. Confira nossa programação, uma delas foi criada especialmente para a sua criatividade: www.espacoculturalmosaico.com.br‎




... O Espaço Cultural Mapati divulga seu 1º edital de solicitação de pautas de 2009. Pessoas e/ou grupos interessados (as) em apresentar no espaço deverão apresentar suas propostas de espetáculos


Crs 510 Bloco C, 18
Brasília - DF, 70360-535, Brazil
(0xx)61 3242-3544


SEPS Quadra 709/908 Lote B
Tel.: 3244.5650 Seg a sex: 7h às 21h

Teatro CaleidoscópioCLSW 102 Bl C s/n lj, 1 - Cruzeiro - DF, 70670-513, Brazil(0xx)61 3344-0444
O Teatro Caleidoscópio é um espaço destinado ao aperfeiçoamento, à pesquisa e ao treinamento artístico, aberto a múltiplas modalidades de trabalho: workshops, palestras, cursos, ensaios e ...

Teatro Rubem Valentim
Área Especial C, lote 6, Setor Escolar, Cruzeiro Velho, CEP 70 660-610, telefone 3363 1532, auditório com capacidade para 160 lugares, salão de múltiplas funções e espaço para exposições.

Teatro Oi Brasília
Rua Shtn s/n Trecho 1, Conjunto 1b, Bloco C - Brasília - DF
(61) 3342-2674

domingo, 21 de junho de 2009

Nossos camaradas

CAIO FERNANDO ABREU



LIVRO “TEATRO COMPLETO”, DE CAIO FERNANDO ABREU, É REEDITADO POR SEUS COMPANHEIROS DE PALCO
Há muitos anos, o livro “Teatro Completo”, de Caio Fernando Abreu, estava esgotado, objeto de desejo de dez entre dez jovens atores do teatro brasileiro. Essa nova geração, mal chegada na casa dos vinte e poucos anos, demonstra um culto apaixonado em relação a ele, carinhosamente chamado de Caio F., como gostava de assinar a correspondência. Mais de dez anos depois da morte dele, o escritor está mais vivo que nunca e sua obra desperta mais discussão e defesa que antes. E é entre as jovens tribos teatrais dos recantos do País que a palavra dele pulsa com intensidade. Proliferam montagens baseadas em seus contos e romances, e o discurso afiado encontrou um veículo de eficácia para preservação da arte dele.

Caio, enquanto viveu entre nós, escreveu com paixão, rigor e disciplina. Ele mesmo, emérito transgressor de costumes e tradições, tinha, no entanto, um respeito absoluto pela palavra escrita. Na página em branco encontrou seu santuário, e tinha reverência e encantamento pelo ato do fazer literário. Como poucos, muito poucos, Caio transformou a literatura em arte viva e fundamental. Não suportava as belas letras mortas da maioria dos nossos escritores de plantão. Queria a palavra que queimasse corações e mentes, e não se afastou nunca desse propósito.

Como a maioria dos escritores brasileiros, pagou um alto preço pela fidelidade inquebrantável. Empregos caretas, concessões ao pagamento dos aluguéis nossos de cada dia, levaram Caio à uma tensão permanente entre sua dedicação ao ofício escolhido e as inevitáveis agruras da vida real. Às vezes com muito humor, às vezes à beira da depressão, levou uma vida inquieta e itinerante, percorrendo cidades e continentes como um cigano inquieto.

Quando estava calmo, era um homem de fala mansa, gestos pequenos, sorriso cativante e simpatia à flor da pele. Quando se sentia acuado, podia ser desmedidamente furioso, injusto e exagerado. Vivi e vi todos os Caios serem pacientemente burilados ao longo de sua carreira de escritor vitorioso. Tive a honra de ser um de seus amigos mais próximos, parceiro de empreitadas teatrais, confidente de contradições demasiadamente humanas.

Meu amigo escreveu para o palco durante todas as fases da vida. É de seu período europeu, quando perambulava como um mendigo por países riquíssimos, um de seus textos mais famosos, “Pode Ser que Seja Só o Leiteiro Lá Fora”, que tive o prazer de dirigir pela primeira vez, no Clube de Cultura de Porto Alegre. O texto flagrava o mundo dos hippies que vagavam por uma Londres perplexa, em busca de empregos e lugares para passar noites geladas e ambientes perigosos. A ação se passa em uma casa abandonada, habitada por excluídos das regalias econômicas de uma época de real mudança nos costumes. A Aids ainda não assombrava aqueles que buscavam na liberação sexual e no consumo das drogas algo além de inércia e dependência química. Caio viveu esse período intensamente, ele mesmo, muito depois, contaminado pelo vírus.E rejeitou os rótulos de vítima.

Viveu como quis, escreveu como poucos, sorveu o mel de um tempo onde ainda havia metas e ideais coletivos, procurou amor em todos os sexos e lugares, desfrutou sua inteligência invulgar amaldiçoando caretas de todos os tipos. Seu teatro reflete seu modo de ver e sentir o mundo. Por isso, o lançamento da Editora Agir é tão bem-vindo. O “Teatro Completo”, de Caio, está novamente disponível aos interessados, em uma edição caprichada, feita por alguns de seus melhores amigos e companheiros de ribalta. Luiz Arthur Nunes e Marcos Breda capitanearam amigos leais para fazer com que a empreitada tivesse êxito e completasse as lacunas da primeira edição. Além dos nomes já citados, Gilberto Gawronski, Susana Saldanha e eu mesmo nos responsabilizamos de entregar ao público uma versão corrigida, com fichas técnicas completas das primeiras encenações de cada um dos seus textos e com fotos originais que foram possíveis resgatar.

Coube a mim revisar a adaptação de “Reunião de Família”, de Lya Luft. Quando li o romance, fiquei fascinado pela estrutura teatral do livro. Sem conhecer a escritora e sabendo que Caio era seu amigo, pedi que intercedesse pelo meu propósito e fomos nós dois, de ônibus, até a casa de Lya, na Chácara das Pedras. Extremamente generosa, Lya só impôs uma condição: que a adaptação para o palco fosse feita por Caio, já que não se sentia com intimidade suficiente com a linguagem do teatro. Alugamos uma casa em Torres e passamos semanas lá, praticamente isolados do mundo, sem celulares nem computador. Falávamos de tudo, ouvíamos músicas dos nossos ídolos, líamos as notícias dos jornais, mas nunca falávamos do real motivo de nossa presença ali, a adaptação da obra de Lya. Quando percebi que não queria falar nada de seu trabalho, respeitei seu método. No último dia de estada, tirou de uma pasta a adaptação. Pronta, perfeita, entusiasmante. De lá para cá, estreitei minha admiração e amizade por Lya Luft e minha emocionada gratidão a ele.

Foi emocionante rever o texto, confrontar o original que guardo comigo, como relíquia preciosa, e o que foi publicado na primeira edição. Imagino que meus companheiros de trabalho tiveram a mesma emoção e o mesmo cuidado. O amor de cada um de nós por Caio Fernando Abreu perpassa as páginas da publicação.

*Luciano Alabarse é diretor de teatro no Rio Grande do Sul.

sábado, 20 de junho de 2009

SEMIANYKI (TEATR LICEDEI | RÚSSIA)



Criação coletiva do grupo russo, é um espetáculo de clowns composto por uma série de esquetes que põe em cena fragmentos da vida de uma louca família . Um pai alcoólico que sempre ameaça partir. Uma mãe grávida que coloca os filhos em constante conflito de poder. E assim, pouco a pouco, diversas estratégias para matar pai e mãe vão surgindo.
De 19 a 21 de junho
Duração: 60 min.
Classificação: 12 anos
Teatro do CCBB (327 lugares mais 4 para cadeirantes)
Entrada: R$ 15,00 e R$ 7,50 (meia para estudantes, professores, funcionários e correntistas do Banco do Brasil e maiores de 60 anos)
Bilheteria: Terça a domingo, das 9h às 21h. Tel: (61) 3310-7087.

Rir para não estressar


Vida agitada, trânsito, trabalho, discussão, relacionamento, horário, dívidas, falta de dinheiro, solidão, insegurança, enfim, tudo pode causar estresse! E a melhor maneira de encarar estas situações é com muita descontração e bom-humor. O riso não somente ajuda a aliviar a tensão como também parece ter um efeito físico que reduz os níveis de estresse.

Essa é proposta do grupo APA, Cia de Comédia de Brasília, que apresenta seu novo espetáculo Rir para não estressar. A peça aborda de maneira cômica situações estressantes do cotidiano e apresenta métodos que ajudam a combater este mal. O primeiro passo é sair da rotina e rir bastante com esta divertida comédia.

Elenco: Ana Paula Matias, Bruno Vaz, João de Deus, Jussara Ribeiro, Natália Rezende, Patrícia Meschick e Ronaldo Saad.


Data: De 13 a 28/06

Horário: Sábado, às 21h. Domingo, às 20h.

Endereço: Teatro da Escola Parque 308 Sul

Preço: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia entrada para estudantes, idosos, professores, clientes TIM e mediante apresentação do panfleto da peça).

Classificação indicativa: 12 anos

QUAL O SEU PEDIDO


Sucesso em mais de 10 capitais, destaque na Copa Carioca de Improvisação em 2007, a Cia. Anônimos da Silva apresenta QUAL O SEU PEDIDO, uma comédia de improvisação que promete animar o público.

Imagine chegar em um bar e, num cardápio de opções, escolher um tipo de cena que fica pronta na hora. Imaginou É exatamente isso que os espectadores poderão conferir. Idealizado pelo inglês Keith Johnstone na década de 60, o Teatro Esporte é a técnica usada pelos atores para a improvisação das cenas que a platéia sugere. Ou seja, é fundamental a participação do público: pediu, saiu! Só não vale pedir para viagem.


Local: Centro Cultural do SESC
Hora: 20h
Valor: R$ 30,00
Censura: 14

Pássaro da Noite


Pássaro da Noite conta a história de uma mulher numa situação de solidão absoluta, no fim de uma noite de festa. Em torno dela uma noite sem fim e sem fatos, ao não lhe dar resposta para o “Onde estou?”, acaba forçando-a a indagar, com urgência nunca experimentada, o “Quem sou?”
A reflexão num humor cáustico a sustenta de pé. Sua bússola é o humor e nem ela mesma percebe estar manobrando-a e de alguma forma resistindo à tormenta. A história passeia pelo humor e pelo drama desta mulher fascinante, interpretada de forma sensível e corajosa por Luana Piovani
“Pássaro da Noite é um divisor de águas em minha vida e minha carreira. A solidão em cena, que gera tanto amadurecimento e maturidade. Já estava na hora de vestir minhas asas” (Luana Piovani) .

Duração: 50 minutos
Classificação Etária: 16 anos.
Local: Sala Martins Penna do Teatro Nacional.
Data: Dias 19, 20 e 21/06, sexta e sábado, às 21h e domingo, às 20h.
Preço: R$ 70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia-entrada).
Informações
Telefone: (61) 3325-6239 / 8403-4800

DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA


Este texto já foi encenado na França, Alemanha, Inglaterra, Cuba, e também foi adaptado para o cinema.
Nesta montagem Paco é “André Gonçalves” e Tonho “Freddy Ribeiro”. A direção é assinada pelo ator e diretor Silvio Guindane. Estreou em Lisboa, em abril de 2008, no Teatro Mundial, seguindo turnê pelo nordeste brasileiro.
Paco e Tonho são dois operários falidos e semi marginalizados de um Mercado de Peixe do cais do porto. Enquanto Paco é um ser tomado pelo sentimento de provocação e agressividade, Tonho tem em seu peito uma grande vontade de crescer na vida, fazer valer seus estudos. Mas, para conseguir o tão almejado emprego é necessário um par de sapatos novos - que Paco possui mas não quer emprestar.

De: 20/06/2009 a 21/06/2009
Local: Teatro dos Bancários
Endereço: EQS 314/15 Sul
Ingressos: R$ 35,00 (meia-entrada). Direito a meia-entrada: Estudantes, professores, deficientes, bancários sindicalizados e club vip e doadores de 2kg de alimento não perecivel, tambem pagam meia! Doações para AMPARE (709 Norte).
Ponto de Venda: Na bilheteria do teatro.

Curso de história do cinema mundial


A crescente cultura cinematográfica de Brasília ganha um evento muito importante para a sua consolidação. O curso História do Cinema Mundial fará uma imersão, durante quatro meses, nos diversos movimentos e tendências que transformaram a sétima arte desde seu período silencioso até as radicais experimentações contemporâneas.

O Museu Nacional da República, local ideal para as aulas (porque acessível e central à população) sediará o projeto.

Dividido em oito módulos ministrados por pesquisadores, professores, cineastas e cinéfilos da cidade, a maioria de uma jovem e promissora geração, o curso tem como proposta recapitular aspectos importantes da história do cinema para formar e estabelecer bases para uma cultura cinematográfica sólida, que tem consciência das inúmeras variações do fenômeno audiovisual e de suas expressivas possibilidades comunicativas. O curso terá duas fases, que compreenderão os meses de junho/julho e novembro/dezembro de 2009.

As inscrições para a Fase 2 se iniciam em setembro.
No cinemamundial@gmail.com

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Teatro Romano





O teatro romano teve diferentes gêneros. Misturando influências etruscas (influenciados pelos gregos) e de espécie de representações religiosas de caráter sério ou satírico itálicas (curiosamente de forma semelhante ao aparecimento do teatro grego), os romanos tinham uma forma embrionária de teatro quando entraram em contacto com a Grécia: esse contacto significou a morte do primitivo teatro romano, que imediatamente copiou as formas gregas (tragédia, comédia). Começaram por traduzir peças gregas (séc. III AC), depois estrangeiros radicados em Roma e finalmente romanos escreveram peças, adaptando temas gregos, ou inventando mesmo temas romanos (normalmente baseado na História); o apogeu do teatro romano dá-se no séc. III-II A.C com Plauto e Terêncio. Quer a comédia, quer a tragédia romana, tinham diferenças com os seus modelos gregos: insistiam mais no horror e na violência no palco que era representada, grande preocupação com a moral, discursos elaborados; mesmo do ponto de vista formal existiam diferenças (na divisão em atos, no coro, etc).



Com o tempo (final da república), o público perdeu interesse pelo teatro tradicional, pois a concorrência dos espetáculos com mais ação (gladiadores, corridas de carros), e a criação de gêneros teatrais mais simples como as pantomimas (representação de um único ator de uma peça simples e de fácil reconhecimento pela audiência, em que não falava, dançava, fazia gestos, e era acompanhado por músicos e um coro) e mimos (histórias também simples, mas com vários atores, em que normalmente se satirizava tipos sociais de forma mesmo obscena), levaram ao seu quase abandono.

No período imperial, na parte oriental do império continuaram a representar as peças tradicionais (sobretudo de autores da chamada nova comédia como Menandro), no ocidente mau-grado uma tentativa de autores como Sêneca de ressuscitar o gênero, o público preferia os espetáculos de mimos e pantomimas (outro motivo apresentado era a dificuldade dos latinos menos instruídos de compreenderem peças complexas, e preferirem espetáculos simples e que apelassem aos sentidos).

Com o advento da Igreja, esta viu com maus olhos gêneros artísticos que ou se referiam a deuses pagãos ou troçavam abertamente dela (como os espetáculos de mimos), levando à sua progressiva perseguição, para além dos aspectos que considerava imorais (representação de cenas licenciosas ou mesmo nudez).
A última referência que existe de uma representação de uma peça de teatro é do séc. VI (e sabe-se que Teodora a imperatriz esposa de Justiniano era atriz de). Depois disso, só se ouve falar dos artistas de teatro pelas proibições sucessivas e sermões de membros da igreja que se referem “aos mimos que andam de terra em terra espalhando a imoralidade”.

Os romanos construíram vários teatros (especificamente para representações), mas na maioria dos casos nas pequenas cidades utilizavam edifícios para vários usos (anfiteatros), usando para espectáculos de gladiadores, corridas e representações.



Dedicar-se ao teatro era muito mal visto: os atores eram normalmente escravos ou ex-escravos; raramente mulheres representavam, tendo má reputação as que o faziam (os papéis femininos eram feitos por homens).

Ficaram conhecidos imperadores com uma enorme paixão pelo teatro. Nero é o mais conhecido: adorava espectáculos de mimos (acabou por casar com um depois de se livrar de Pompéia) e representava ele próprio; dado o baixo estatuto dos atores (normalmente escravos ou ex-escravos), isso foi motivo de escândalo.

Deve-se notar também, que vários imperadores apresentados como cruéis e loucos de pedra, ordenavam que os espectáculos se tornassem realistas: quando aparecia no guião (roteiro) que o personagem era morto, substituia-se o ator por um condenado à morte (existe registrado o caso de uma peça que relatava a união sexual entre Europa e Zeus sobre a forma de touro, e uma condenada à morte foi de fato currada por um touro durante a representação).

Teatro Grego




O teatro foi uma das mais ricas formas de arte. A representação teatral originou-se e se desenvolveu a partir das Dionisíacas festas em honra ao Deus Dionísio, que incluiu o espetáculo de mímica, dança música, poesia, etc.. Em Atenas, celebrava-se o culto de Dionísio, acontecimento muito apreciado pela população camponesa. Já as Grandes Dionisíacas eram as celebrações urbanas, quando se realizavam os famosos concursos entre autores dramáticos (cada participante concorria com três peças “Trilogia”).
A encenação das peças era feita exclusivamente por atores masculinos que usavam máscaras e representavam também personagens femininos, que deram origem às grandes obras do teatro ateniense. As Grandes Panatenéias, em honra da Deusa Atena, eram celebradas de quatro em quatro anos, com concursos de música e canto, corridas de cavalos e outras competições desportivas; finalizavam com uma procissão que percorria a via sagrada, para oferecer à Deusa o manto luxuoso. Era a festa mais importante da Cidade-Estado de Atenas.
Do ponto de vista cultural, Atenas não era superada por nenhuma outra cidade grega. Lá viveram os maiores pensadores e artistas do mundo grego; alguns deles da própria humanidade. No período clássico, o teatro tornou-se uma manifestação artística independente, embora os principais temas permanecessem ligados à religião e à mitologia. Os dois gêneros básicos do drama teatral foram a tragédia e a comédia.
Tragédia
Dentre os principais autores e obras podem ser mencionados: Ésquilo
(525 - 456 a.C.), que escreveu a trilogia Oréstia, Prometeu Acorrentado, etc.;
Sófocles (495 - 405 a.C.), que se destaca com as peças Édipo Rei, Antígona e Electra;
Eurípides (480 - 406 a.C.), autor de Medeia, Hipólito, Andrômaca, As Troianas, etc.

Comédia
A comédia foi um gênero mais voltado para o quotidiano, para os costumes, que são tratados sobre tudo como objeto de crítica e sátira. Dentre os principais comediógrafos destacam-se: Aristófanes (445 - 385 a.C.), autor de A Paz, Lisístrata, A Assembléia de Mulheres, Os Cavaleiros e Plutos;

Menandro (340 - 292 C.), autor de O Intratável.
Um dos grandes acontecimentos do ano para os gregos era a ida ao teatro. As peças só eram apresentadas durante dez dias e cada peça representada apenas uma vez. Como todos queriam ver os espetáculos, o teatro tinha que ser grande. A população ia para o teatro muito cedo, logo após o nascer do sol. Pagava dois óbolos (moeda grega equivalendo a um terço de uma dracma) para entrar. O Estado mantinha um fundo especial para subsidiar quem não pudesse pagar.
A maior diferença entre o teatro grego e o teatro moderno consiste no fato de que as peças gregas faziam parte de um festival religioso em honra dos deuses. O teatro então nasceu com um festival de cânticos narrando as histórias dos deuses. Um autor dava um passo à frente do coro de cantores para desempenhar o papel do personagem principal. Mais tarde apareceu um segundo ator e, gradualmente a representação foi se desenvolvendo.

Comédia
Esta é uma máscara da comédia grega. Havia duas para cada papel a desempenhar

Diagrama do Teatro de Epidauro

Os juízes se sentavam nestas poltronas e premiavam as melhores representações do ano.

Os gregos ainda hoje acorrem ao antigo teatro de Epidauro, construído em 350 a.C. para assistir às peças clássicas gregas.
Teatro de Dionísio
theatron: é o auditório propriamente dito
orquestra: local onde o coro cantava e dançava
eisodos: os dois acessos laterais para o coro entrar e sair de cena
skene: palco onde os atores atuavam
mechané: grua ou guindaste para elevar atores

Dionísio

Dioniso ou Dionísio (do grego Διώνυσος ou Διόνυσος) era o deus grego equivalente ao deus romano Baco, das festas, do vinho, do lazer e do prazer. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus filho de uma mortal.
Ocorreu que Hera, ciumenta de mais uma traição de Zeus, instigou Semele a pedir ao seu amante (caso ele fosse o verdadeiro Zeus) que viesse ter com ela vestido em todo seu esplendor, tal como anda no Olimpo. Semele então pediu que Zeus atendesse a um pedido seu, sem saber qual seria. Ele concordou e imediatamente se arrependeu.
Uma vez concedido o pedido teria que cumpri-lo. Ele então voltou ao Olimpo e colocou suas vestes maravilhosas, já sabendo de antemão o que ocorreria. De fato, o corpo mortal de Semele não foi capaz de suportar todo aquele esplendor, e ela virou cinzas.
Assim, Dioniso passou parte de sua gestação na coxa de seu pai. Quando completou o tempo da gestação, Zeus o entregou em segredo a Ino (sua tia) que passou a cuidar da criança com ajuda das híades, das horas e das ninfas. Depois de adulto, ainda a raiva de Hera tornou Dioniso louco e ele ficou vagando por várias partes da Terra. Quando passou pela Frígia, a deusa Cíbele o curou e o instrui em seus ritos religiosos. Sileno ensina a ele a cultura da vinha, a poda dos galhos e o fabrico do vinho.
Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da uva. Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho.
Dioniso puniu quem quis se opor a ele (como Penteu) e triunfou sobre seus inimigos além de se salvar dos perigos que Hera estava sempre pondo em seu caminho.
Nas lendas romanas, Dioniso tornou-se Baco, que se transforma em leão para lutar e devorar os gigantes que escalavam o céu e depois foi considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses.
É geralmente representado sob a forma de um jovem imberbe, risonho e festivo, de longa cabeleira loira e flutuante, tendo, em uma das mãos, um cacho de uvas ou uma taça, e, na outra, um tirso (um dardo) enfeitado de folhagens e fitas. Tem o corpo coberto com um manto de pele de leão ou de leopardo, traz na cabeça uma coroa de pâmpanos, e dirige um carro tirado por leões.
Também pode ser representado sentado sobre um tonel, com uma taça na mão, a transbordar de vinho generoso, onde ele absorve a embriaguez que o torna cambaleante. Eram-lhe consagrados: a pega, o bode a lebre.
Às mulheres que o seguiam como loucas, bêbadas e desvairadas se dava o nome de bacantes - Sacerdotisas de Baco. Na celebração das bacanais, elas corriam ao acaso, vestidas de pele de tigre, desgrenhadas, aos gritos, trazendo na fronte uma coroa de heras ou de ramos de vinha e empunhando tirso, tocha ou archote.
É considerado também o deus protetor do teatro. Em sua honra faziam-se ditirambos na Grécia Antiga e festas dionisíacas.
Ditirambo
Nas origens do teatro grego, o ditirambo - “hino em uníssono", (do grego dithýrambos, pelo latim dithyrambu) era um canto coral de caráter apaixonado (alegre e sombrio), constituído de uma parte narrativa, recitada pelo cantor principal, ou corifeu, e de outra propriamente coral, executada por personagens vestidos de faunos e sátiros, considerados companheiros do deus Dionísio, em honra do qual se prestava essa homenagem ritualística. Gênero poético no qual Nietzsche foi mestre.
Ditirambo consistia numa ode (composição poética que se divide em estrofes semelhantes entre si, tanto pelo número como pela medida dos versos) entusiástica e exuberante dirigida ao deus, dançada e representada por um Coro de 50 homens (cinco por cada uma das tribos da Ática) vestidos de sátiros (meio homem, meio bode, uma espécie de servo de Dioniso).
Os "sátiros" tocavam tambores, liras e flautas e iam cantando à medida que dançavam em volta de uma esfinge de Dioniso. Há quem diga que usavam falos postiços. Mas apesar do que se possa pensar, esta cerimônia era totalmente religiosa, uma espécie de hino no meio de uma missa. Também se acredita que haveria o sacrifício de um animal, provavelmente de um bode.
À medida que o tempo ia passando, o Ditirambo foi evoluindo para a ficção, para o drama, para a forma teatral, como a conhecemos hoje. Quem dirigia o ditirambo ia juntando gradualmente relatos de façanhas de heróis que tinham passado grandes tormentos pelo seu Povo. Também as danças que no início seriam descontroladas e caóticas iam gradualmente passando a danças organizadas e elaboradas. Também se começa gradualmente a introduzir poesia no ditirambo.
O Teatro Grego

Bacante e Sacerdote

O teatro grego atingiu todo o seu esplendor durante o período que vai do século V a.C. ao século IV a.C. Esse período também é conhecido como o Século de Ouro, porque foi durante esse intervalo de tempo que a cultura grega atingiu o seu apogeu. A cidade de Atenas foi o centro dessas manifestações e reuniu autores e intelectuais de toda a Grécia. O teatro grego pode ser dividido em três partes: Tragédia, Comédia antiga, e Comédia nova.
Tragédia
Tragédia é a expressão desesperada do homem, que luta contra todas as adversidades, mas não consegue evitar a desgraça. Ela é um gênero característico da Atenas clássica, fundamentada na temática mitológica. Sua raiz está nas festas dionisíacas, consagradas a Dionísio, deus do vinho. As Dionisíacas eram três:
as Dionisíacas Urbanas - consideradas as mais importantes de todas, eram realizadas nas primaveras e duravam sete dias;
as Leneanas - realizadas nas montanhas durante o inverno;
e as Dionisíacas Rurais - realizadas também no inverno no fim do mês de dezembro.
Nessa época, os grandes autores e atores tinham um grande destaque social. Muitos deles eram sustentados pelas cidades em que viviam. Durante o Festival Dionisíaco ou Dionisíacas eles apresentavam três tragédias, seguidas de uma peça satírica. Essas obras eram julgadas por cidadãos escolhidos entre as famílias aristocráticas e por pessoas que ocupavam um lugar de destaque na sociedade ateniense. Pertencer ao júri da tragédia era uma espécie de distinção. Os grandes autores trágicos foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides. Comédia Antiga
A origem da Comédia é a mesma da tragédia, ou seja, às festas dionisíacas, consagradas ao deus Dionísio. A palavra comédia vem do grego Komoidía e sua origem etimológica, Komos, remete ao sentido de procissão. Nessa época havia na Grécia dois tipos de procissão denominadas Komoi : na primeira os jovens saiam às ruas, fantasiados de animais, batendo de porta em porta pedindo prendas. Nessa Komoi era comum zombar dos habitantes da cidade; já no segundo tipo de procissão, era celebrada a fertilidade da natureza. Essa Komoi escoltava uma escultura, que representava um pênis. Durante essa procissão os participantes trocavam palavras grosseiras entre si. Esses palavrões, por conterem conotações religiosas, não eram considerados uma ofensa. Eles eram uma forma de desejar ao próximo fertilidade e fartura.
Acredita-se que essas procissões aconteciam porque a Grécia tinha grandes problemas com a fertilidade da terra também com a das mulheres. Existe ainda uma outra possível origem para a comédia. Segundo Aristóteles ela originou-se nos cantos fálicos. Nesses cantos uma prostituta liderava um cordão e os demais participantes cantavam obscenidades, porém, a primeira definição parece ser a mais concreta. Acredita-se que a comédia, apesar de também ser representada nas festas dionisíacas, era considerada um gênero literário menor, se comparada á tragédia. Isso se dá porque o júri que apreciava a tragédia era nobre, enquanto que o júri da comédia era simplesmente escolhido entre as pessoas que faziam parte da platéia.
A encenação da Comédia Antiga era dividida em duas partes com um intervalo. Na primeira, chamada agón, prevalecia um duelo verbal entre o protagonista e o coro. Depois dessa parte, havia o intervalo, parábase, no qual o coro retirava ás máscaras e falava diretamente com o público. O objetivo da parábase era definir uma conclusão para a primeira parte. Depois do intervalo vinha a segunda parte da comédia. Seu objetivo era esclarecer os problemas que surgiram no agón.
A Comédia Antiga, por fazer alusões jocosas aos mortos, satirizar personalidades vivas e até mesmo os deuses, teve sempre a sua existência muito ligada à democracia. A rendição de Atenas na Guerra de Peloponeso no ano de 404 a.C. levou consigo a democracia e, consequentemente, pôs fim a Comédia Antiga. O autor que mais se destacou nesse período foi Aristófanes.Outros nomes, como os de Magnes, Cratino Crates etc., são conhecidos apenas por referências em textos e fragmentos de peças.
A Comédia Nova
Após a capitulação de Atenas frente à Esparta surge a Comédia Nova, que se iniciou no fim do século IV e durou até o começo do século III. Nesse período a mentalidade dos gregos mudou muito. Eles já não tinham o ideal guerreiro e patriótico do século anterior e, por causa da derrota na guerra de Peloponeso, voltaram-se para o lar.
A Comédia Nova e a Comédia Antiga possuem muitas diferenças. Na Comédia Nova o coro já não é um elemento atuante, sua participação fica resumida à coreografia dos momentos de pausa da ação. Na Comédia Nova a política já quase não é discutida. O seu tema são as relações humanas, como por exemplo, as intrigas amorosas. Na Comédia Nova não temos mais as sátiras violentas, ela é mais realista e procura, utilizando uma linguagem bem comportada, estudar as emoções do ser humano. Até meados do século XX a Comédia Nova só era conhecida pelas imitações latinas (Plauto e Terêncio).
No entanto, algumas descobertas "papirológicas" resgataram a arte de Menandro. Sabe-se ainda que existiram os autores Filémone e Difilo, porém, não existem indícios da existência de suas obras. Havia na Grécia Antiga três grandes festivais em homenagem a Dioniso: as “Dionisíacas Rurais”, que se celebrava a meio do inverno e que se destinava a solicitar os favores do deus no que toca à fertilidade das terras; o “Festival de Lenae a”, que decorria em Janeiro, devotado aos casamentos; e o principal festival para o qual as peças gregas que chegaram aos nossos dias foram escritas: a “Grande Dionísia” celebrada em Atenas. Em 534 a.C., Pisístrato, governante de Atenas, traz para a cidade um ritual dionisíaco e altera-o criando competições dramáticas, chamadas Grandes Dionisíacas. Téspis consegue o primeiro lugar nesse mesmo ano.Nos 50 anos seguintes as competições tornam-se eventos periódicos. Os preparativos da “Grande Dionísia” eram feitos com 10 meses de avanço. Os poetas que desejavam competir tinham, primeiro que submeter as suas obras à autoridade - Archon - e que escolhia uma trilogia, por cada autor - para ser representada. A cada poeta era então atribuído um ator principal e um patrono, o Coregos, um homem abastado que tinha como dever cívico pagar a produção. Os atores eram pagos pelo Estado.
Já na Grécia Antiga havia benefícios fiscais: o Corego que financiasse uma dessas produções não pagava impostos nesse ano. A essas representações assistiam não só os cidadãos atenienses de pleno direito, mas também os altos dignitários dos estados aliados de Atenas.
O autor compunha também a música para a sua peça e coreografava as danças. Também treinava o Coro. E até o número de atores ter crescido, representava igualmente o papel principal.
O primeiro dia da Dionísia era dedicado a uma esplendorosa procissão (de que se pode ver uma representação escultórica no famoso friso do Partenón). Os atores participavam nela usando fatos de palco, mas sem máscaras.
Os três dias seguintes eram dedicados às Tragédiase o quarto às Comédias. Mais tarde as Comédias passaram a ser representadas ao anoitecer a seguir às Tragédias, que tinham início ao alvorecer.
Cada autor de Tragédias tinha pois, que contribuir com três peças, ligadas ou separadas, e também com uma peça de sátiros, sobre a qual se sabe muito pouco. Parece que se tratava de um comentário jocoso ao tema principal das Tragédias e ligava-se de certo modo às primitivas adorações a Dioniso.
No caso das Comédias os autores limitavam-se a apresentar uma peça cada um. Havia prêmios para as melhores Comédias, para as melhores Tragédias, para as melhores produções e mais tarde para o melhor ator trágico (um pouco à semelhança do Oscar do cinema americano).
Muitos poetas escreveram peças para a “Grande Dionísia”, mas só chegaram até nós algumas obras de três deles: Ésquilo, Sófocles e Eurípides.
Os atores das Tragédias usavam provavelmente muito pouca maquilagem, mas em vez disso, usavam máscaras com expressões faciais exageradas. Calçavam igualmente umas botas de couro, com uns grandes saltos, apertadas nos joelhos por cordões, chamadas Contorne (Coturnos, no singular). Havia pouco ou nenhum cenário.
Cenas Típicas na Tragédia Grega: por sua recorrência, algumas cenas se destacam nas tragédias gregas e são tão típicas do gênero quanto o é uma cena de perseguição em um filme de ação. São elas:
Catástrofes: cenas de violência, em geral oculta dos olhos da platéia e narrada posteriormente por um ator, como Os Persas, que narra a destruição da expedição contra os gregos. Representa a reviravolta para pior no destino de uma personagem. Na peça Agamêmnon, por exemplo, o seu assassinato por Clitemnestra. Em Édipo, a cena final, onde o protagonista aparece em cena com os olhos perfurados e sangrando.
Cenas patéticas: cenas de explicitação de sofrimento, dor, em cena. Por exemplo, as cenas em que Electra dá vazão a sua dor pela morte do pai e pela situação humilhante a que a obriga a própria mãe.
Agón ou cenas de enfrentamento: cena onde, por ações ou por palavras entre personagens, explicita o conflito trágico no palco.
Exemplos: o diálogo entre Clitemnestra e Orestes antes da cena de catástrofe, onde Clitemnestra é morta pelo próprio filho em As Coéforas, ou em Édipo Rei, na cena que Édipo discute violentamente com o adivinho Tirésias; anagnórisis ou cenas de reconhecimento é a passagem da ignorância para o conhecimento. Uma personagem descobre-se parente, amigo ou inimigo de outro. Pode ser também a descoberta de algo que se fez ou não. O exemplo clássico de cena de reconhecimento é a descoberta de Édipo como assassino do pai e esposo da mãe em Édipo Rei. O reconhecimento em si pode se dar por várias formas, uma muito usada é a através de sinais exteriores, como quando Electra reconhece seu irmão Orestes por uma roupa que usa.
Observe-se que não se trata de uma cena em que o público toma conhecimento de algo. É a personagem que toma consciência de algo, que não é trivial, mas significativo para o seu destino.
Essas diferentes cenas integram a estrutura da tragédia grega, como que recheando a arquitetura básica das partes.
Téspis de Icárias

Ator grego do começo do século V a.C., trazido de Icárias pelo Tirano de Atenas Pisístrato, um amante da arte de imitar. Reconhecido como o primeiro ator do mundo ocidental.
Téspis criou o conceito de "monólogo" ao apresentar-se em plena Dionisíaca na Grécia Antiga, no Século V a.C. em Atenas. Em uma época em que as apresentações públicas possuíam um caráter litúrgico e não artístico, o povo se reunia nas ágoras da cidade para os rituais em favor de Dionísio. Para tanto, o coro declamava a poesia e dançava a coreografia inspirada nos cânticos ditirâmbicos.
Trazido de Icárias pelo tirano de Atenas Pisístrato, o propenso ator Téspis, (que na época era conhecido como um hipocritès, ou seja, fingidor), munido de máscara e vestindo uma túnica, interpretou o deus Dionísio, destacando-se do coro, sobre a sua carroça que mais tarde ficaria conhecida como " carro de Téspis".
Téspis passara por cima da autoridade do arconte, o legislador, e criara um argumento artístico dentro de uma apresentação litúrgica politeísta, criando o papel do protagonista em um movimento que futuramente ficaria conhecido como Tragédia Grega.
Tespis também criou a conotação de segundo-ator, ou o que mais tarde Ésquilo chamaria de deuteragonista, ao interpretar de uma só vez dois personagens distintos, usando para isso, duas máscaras, uma no rosto e outra na nuca.
Ésquilo

Ésquilo, o primeiro grande autor trágico, nasceu em Elêusis no ano de 525 a.C. participou da batalha de Maratona no ano de 490 a.C. e, por muitas vezes, esteve na Sicília, onde morreu no ano de 456 a.C. Ésquilo acreditava que o Autor era, antes de tudo um educador.
Ele acreditava que se os atores sofressem em cena, isso despertaria os sentimentos de terror e piedade dos espectadores proporcionando-lhes o alívio ou purgação desses sentimentos. Ocorreria assim a purificação das paixões - Catarse.
Ésquilo foi o primeiro autor a introduzir um segundo ator nas representações, escreveu mais de oitenta obras dentre as quais se destacam “Os Persas” (472), “Os Sete Contra Tebas” (467), “As suplicantes” (acredita-se que seja de 463), “Prometeu Acorrentado” (de data desconhecida e autenticidade duvidosa) e as três peças da “Oréstia”(458): “Agamenon”, “As Coéoras” e “As Eumênides”.
Durante muito tempo acreditou-se que as trilogias ou tetralogias articuladas, ou seja, três tragédias de uma mesma lenda seguidas de um drama satírico, existiram desde a origem do teatro. Essa teoria começou a ser questionada a partir do momento em que “As Suplicantes” não foram mais consideradas como a mais antiga obra de Ésquilo. Por isso, alguns estudiosos acreditam que foi Ésquilo quem instituiu as trilogias ou tetralogias articuladas.
A única trilogia completa de Ésquilo que conhecemos é a Oréstia. Por meio dela pode-se tentar compreender um pouco o pensamento desse autor, sobretudo porque ela foi escrita pouco antes de sua morte.
Eurípides

Pouco se sabe da origem de Eurípides. Acredita-se que ele era filho de um mercador de legumes e que viveu entre os anos de 485 a.C. a 406. Eurípides é considerado por muitos como o homem que revolucionou a técnica teatral.
Ele não tinha a mesma preocupação com o destino como tinha Ésquilo e os seus personagens não eram heróis, como os inspirados nas obras de Homero. Eurípides tentou mostrar o homem como ele realmente é, ou seja, quase sempre perverso e fraco.
Sobreviveram ao tempo muito mais obras de Eurípides do que dos outros autores trágicos. Isso aconteceu porque, apesar de Eurípides não obter muito sucesso junto ao seu povo, pois poucas vezes conseguiu vencer os concursos que participou, sua obra, por abordar temas patéticos e idéias abstratas, foi muito apreciada no século IV. Devido a essa preferência é possível a elaboração de uma lista de obras com datas quase precisas, são elas: “Alceste”(438), “Medeia”(431), “Hipólito”(428), “Hécuba”, “Os Heráclidas”, “Andrômaca”, “Héracles”, “As Suplicantes”, “Íon”, “As Troianas”(415), “Eletra”, “Ifigênia em Táurida”, “Helena”(412), “As Fenícias”, “Orestes” (408), “As Bacantes”, “Ifigênia e Áulis”, “Ciclope” (com data desconhecida). A obra “Medeia”, uma das mais conhecidas entre nós, é um drama de amor e paixão. E essa é a grande diferença que existe entre as obras de Eurípides e as de Ésquilo e Sófocles. Na obra de Ésquilo o amor é praticamente nenhum. Em Sófocles ele geralmente fica em segundo plano. No entanto, em Eurípides ele é essencial e chega às últimas conseqüências, ou seja, a vingança e a morte. Em Eurípides ainda encontramos a loucura, que pode ser vista na obra “Héracles”.

Menandro, que era filho de uma rica família de pecuaristas, nasceu em 343 e morreu em 291 a.C. Durante a época em que viveu não foi reconhecido como um grande autor de comédias. No entanto, depois de sua morte, suas obras foram tão divulgadas que passaram a ser consideradas, por muitos intelectuais da época, como um primor estético.
Um exemplo da fama que Menandro conseguiu foi este epigrama criado por Aristófanes: "Menandro e vida: qual de vós imita o outro?".
As obras de Menandro foram quase todas consumidas pelo tempo. Somente em 1958 foi encontrado um papiro egípcio contendo a obra “Misantropo”, que conta a história de um homem, cujo nome é emprestado a obra, e sua filha , Simon.
A mulher de Misantropo, que já tinha o filho, Górgias, de um outro casamento, abandonou o marido e a filha logo após nascimento da menina por causa do caráter intratável de Misantropo. Sóstrato, um jovem muito rico, tenta se casar com a moça, mas o pai dela não permite essa união.
Essa situação só é revertida quando Cnemon cai em um poço e é ajudada por Górgias. Perante a essa ajuda totalmente desinteressada, Misantropo se comove, redime-se de seu caráter e permite o casamento de sua filha com Sóstrato.

Aristófanes

Nasceu em Atenas, Grécia em 457 a.C. e faleceu em385 a.c. Viveu toda a sua juventude sob o esplendor do Século de Péricles. Testemunhou o início e o fim daquela grande Atenas. Viu o início da Guerra do Peloponeso, em que Atenas foi derrotada.. Ele, da mesma forma, viu de perto o papel nocivo dos demagogos (especialmente Cléon) na destruição econômica, militar e cultural de sua cidade-estado. À sua volta, à volta da acrópole de Atenas, florescia a sofística-a arte da persuasão-, que subvertia os conceitos religiosos, políticos, sociais e culturais da sua civilização.
Cléon (fl. -430/-422), influente político que se destacou em Atenas após a morte de Péricles (-495/-429), foi diretamente satirizado por ele em sua primeira comédia sob o próprio nome, também no ano de 427 a.C. (Os Babilônios). Cléon, segundo a tradição, processou-o sem sucesso em -426. “Os Babilônios” foi representada nas Grandes Dionisias Urbanas, diante do General e de seus aliados, mas perdeu-se no tempo...
Sua primeira comédia, “Os Convivas”, estreou em -427 sob o nome de “Calístrato, o ensaiador da peça”, e obteve de saída o segundo prêmio.
Dois anos depois, no ano de 425 a.c nas Leneanas, Aristófanes apresentou a comédia “Os Cavaleiros”, o que motivou um segundo processo em -424, resolvido aparentemente através de acordo realizado fora dos tribunais Esta peça, felizmente, chegou até nós. Ela representa o mais violento ataque pessoal de Aristófanes a Cleon Foi considerada tão agressiva que nenhum ator da época teve a coragem de representar o papel de Panflagônio (Cleon). Foi o próprio autor que teve de fazê-lo (desempenho, aliás, considerado medíocre por seus contemporâneos). Para desespero do general, ele foi o vencedor do concurso.
No governo de Cleon, os aliados de Atenas foram relegados à condição de colônias, o que provocou descontentamento, deserções e, depois, a Guerra do Peloponeso, Esta situação favorece o partido aristocrático, que se instala no poder, mas a liberdade de expressão desaparece, o que modifica a atitude de Aristófanes como escritor dado que o impede que trate em cena de temas políticos da atualidade. Este fato histórico determina a divisão das suas obras em dois grandes grupos: as escritas antes e depois do referido fato.
Da primeira época são: “Os Acarnenses”, na qual manifesta a sua atitude antibélica (1º lugar nas Dionisias); “Os Cavaleiros”, ataque contra o demagogo Cléon, que o Salsicheiro, demagogo mais hábil do que ele, e os cavaleiros da aristocracia derrotam (1º lugar nas Dionisias); “As Nuvens”, sátira das novas filosofia e pedagogia, em que ataca Sócrates e os sofistas (3º lugar nas Dionisias); “As Vespas”, sobre a paixão que os atenienses mostram pelos processos judiciais (1º lugar nas Dionisias); “Paz”, obra antibelicista (2º lugar nas Dionisias); “As Aves”, em que descreve o fantástico reino dos pássaros, que dois atenienses dirigem e que, na forma como agem, conseguem suplantar os deuses ( 2º lugar nas Dionisias); “Lisístrata”, obra especialmente alegre, em que as mulheres de Atenas, dado que os seus maridos não acabam com a guerra, resolvem fazer uma greve sexual (1º lugar nas Dionisias); “Mulheres Que Celebram as Tesmofórias”, paródia das obras de Eurípides (1º lugar nas Dionisias); e “As Rãs”, novo ataque contra Eurípides (1º lugar nas Dionisias). Para sublinhar mais esta excelência entre os gregos, é bom citar que a comédia “As Rãs” foi tão bem recebida pelo público que teve a sua reapresentação pedida pela platéia. Na época, a reapresentação de uma peça era privilégio da tragédia.
Da sua segunda época são “Assembléia das Mulheres” (em que Aristófanes satiriza um Estado imaginário administrado pelas mulheres, no qual tudo é de todos e as velhas têm prioridade para reclamar o amor dos jovens) e “Um Deus Chamado Pluto”, fábula mitológica em que esta divindade da riqueza, que na sua cegueira favorece os malvados, recupera a vista.
Nas duas últimas comédias nota-se uma redução expressiva das partes corais, o desaparecimento da sátira política e uma importante atenuação da sátira pessoal, o que coloca ambas no terreno da "Comédia Média", ou pelo menos em pleno período de transição. É possível que uma das últimas obras de Aristófanes, “Cocalos”, apresentada por seu filho Araros entre -388 e -380, tenha inaugurado alguns aspectos da "Comédia Nova", introduzindo na comédia alguns aspectos românticos que caracterizariam posteriormente o gênero.
Do acervo de 40 peças de Aristófanes, somente 11 peças nos restaram. e também numerosos fragmentos de suas outras comédias, que permitiram reconstituir, ao menos em parte, o argumento de algumas delas. Embora toda sua vida intelectual tenha transcorrido em Atenas, apresentou certa vez uma de suas peças no teatro de Elêusis.
Todos os recursos cômicos imagináveis foram usados com grande maestria pelo poeta, desde a sátira mais grotesca até a malícia mais sutil: situações ridículas, cenas fantásticas, personagens alegóricos, caricaturas de personagens humanos reais e deuses, pilhérias, ironias, jogo de palavras, trocadilhos, mal-entendidos, exageros, substituição de palavras esperadas por outras inesperadas, paródias (dos autores trágicos, principalmente), neologismos, provérbios...
Aristófanes recorria também com freqüência à licenciosidade e à obscenidade, o que sem dúvida pode chocar os desavisados leitores modernos. Não se deve, no entanto, esquecer que o pudor de nossos tempos desenvolveu-se somente nos últimos séculos, e que os antigos encaravam com muito mais naturalidade esse tipo de gracejo. Além disso, as festas dionisíacas que originaram a comédia derivaram de antigos rituais de fertilidade em que o elemento sexual era um componente crucial.
As críticas de Aristófanes atingiam a tudo e a todos: os chefes políticos, a Assembléia, os tribunais e os juízes, os militares, os poetas trágicos, os filósofos, o povo em geral, os velhos, os jovens, as mulheres... Mas as intenções morais por trás das críticas eram muito sérias: o poeta defendia sempre os valores antigos, a vida rural e, especialmente, a paz — tão desejável durante a Guerra do Peloponeso.
Suas duas últimas comédias, Cocalos e Eolosicon foram encenadas por seu filho Araros após -388. Acredita-se que o poeta tenha morrido pouco depois, em algum momento entre -386 e -380.
Sófocles

Sófocles, o maior dos poetas trágicos de sua era
Nasceu em Colono, perto de Atenas em 495 a.C. Viveu sempre em Atenas e lá morreu, nonagenário, entre 406 a.C. e 405 a.C. Sófocles era de família abastada, porém não era aristocrática. O mais bem sucedido autor de tragédias da Grécia, estreou nas Dionisias Urbanas em 468 a.C. no século de Péricles, com a tragédia Triptolemos, concorrendo com Ésquilo (venerado pelos atenienses) e recebendo o primeiro prêmio aos 28 anos de idade. Venceu os concursos 18 ou 24 vezes, e nunca obteve menos que o segundo lugar. Foi ele quem obteve o maior número de vitórias nos concursos dramáticos de Atenas e homenageado como o maior dos poetas trágicos. Consta que Sófocles teve intensa vida política em Atenas.
Segundo a tradição, liderou o coro de jovens que celebrou a vitória de Salamina e, graças ao seu prestígio, foi tesoureiro da Liga de Delos em 443 a.C., estrátego em 441a.C. (ao lado de Péricles) e por volta de 428 a.C. (na época de Nícias). Em 413 a.C., após o desastre da Sicília, foi um dos dez próbulos que governaram provisoriamente a cidade. Era devoto de Asclépio e, enquanto o asclepieion de Atenas era construído, a estátua do deus ficou acomodada em sua casa.
Era bem apessoado e afável; consta que foi amigo de Péricles e de Heródoto e que Íofon, seu filho, e Áriston, seu neto, foram tragediógrafos de renome. Diz-se que alguns meses antes de sua morte, ao saber que Eurípides morrera, vestiu o coro de preto e, em lágrimas, deu ao público a notícia.
Os testemunhos antigos atribuem-lhe cerca de 120 tragédias e dramas satíricos, dos quais cerca de 18 eram tetralogias, um hino a Apolo e alguns poemas. Somente sete tragédias chegaram até nós: Édipo Rei, Édipo em Colono, Antígona, Electra, Ájax, As Traquinias, Filoctetes. Os enredos de todas as tragédias provêm da mitologia grega; o drama satírico Cães de Caça foi inspirado em um antigo hino a Apolo tradicionalmente atribuído a Homero.
Das tragédias sobreviventes, as cinco mais antigas não podem ser datadas com precisão. Ájax e As Traquinianas foram apresentadas em algum momento entre 450 a.C. e 430 a.C. Antígona, possivelmente, em 442 a.C.; Édipo Tirano (mais conhecida pela tradução incorreta, Édipo Rei) entre 429 a.C. e 425 a.C., Electra entre 420 a.C. e 410 a.C. A tragédia Édipo em Colono foi encenada por seu neto Áriston e apresentada postumamente. De um drama satírico intitulado Os Cães de Caça, de data incerta, temos cerca de 400 versos.
Sófocles inovou a construção e a técnica teatrais de seu tempo: aos dois atores usados por Ésquilo acrescentou um terceiro, recurso utilizado posteriormente por Ésquilo na Orestia, e aumentou ainda mais os diálogos dos personagens e reduziu as falas do coro, embora tenha elevado o número de seus componentes. O Coro atua como um personagem coletivo, dialogando com o protagonista.
Em sua época as tetralogias não eram mais compostas de tragédias interligadas, e os enredos tornaram-se mais complexos. Alguns eruditos sustentam mesmo que, com Sófocles, a tragédia grega atingiu a perfeição. O grande filósofo Aristóteles afirma que, Édipo Rei, é a tragédia mais perfeita já escrita, modelo para todas as outras.
Os deuses aparecem em segundo plano, são constantemente citados mas, raramente intervêm em pessoa; praticamente toda a ação se desenvolve no plano humano. Como se costuma dizer, ao teocentrismo de Ésquilo opunha-se o antropocentrismo de Sófocles.
O personagem sofocliano é um ser humano ideal, dotado dos mais elevados atributos humanos. Seu caráter, habilmente delineado pelo poeta, freqüentemente contrasta com o de outros personagens. O comportamento às vezes muda, e até traços de caráter se alteram diante das reviravoltas da fortuna. Os atos são cometidos livremente pelos personagens. Mesmo assim, acredita que o homem é um joguete nas mãos dos deuses. O destino atinge diretamente os personagens: o sofrimento trágico é inevitável diante dos atos cometidos.
Arrogância, orgulho desmedido e pecado levam ao desastre, e a moderação é sempre apresentada como o melhor caminho.


O Espaço Cênico Grego

Os palcos (skene) eram no início muito simples; primeiramente com arquibancadas em madeira e depois degraus nos barrancos, mas devido ao peso ruíam até evoluir à forma em que o público sentava-se em degraus de pedra em volta da orquestra. As apresentações tinham lugar durante o dia, ao ar livre.
Uma notável tradição teatral cresceu em Atenas, onde tanto comédias quanto tragédias eram freqüentemente representadas nos ritos religiosos do festival de Dionísio.
Os poetas apresentavam três tragédias (geralmente sobre temas diferentes) e uma peça satírica, mais leve. Ofereciam-se prêmios ao melhor poeta e o vitorioso recebia uma coroa de hera.
Os relatos iniciais são obscuros, mas conta-se que o poeta ático Téspis (c.534 a.C.) deu o passo decisivo ao colocar em cena um ator cujo papel era conduzir o diálogo com o coro.
O ateniense Ésquilo teria introduzido o segundo ator e Sófocles, o terceiro. Na comédia 'antiga' (por volta do século 5 a.C.), que só pode ser analisada através da obra de Aristófanes, constituída por paródias políticas, literárias e filosóficas intercaladas com sátiras pessoais, o coro volta a ter um papel importante.
Depois do período de transição da comédia (c.400-320 a.C.) chegou-se à comédia 'nova', que teve início no final do século 4 a.C., já então com características mais definidas graças à peça de Menandro (c.342-290 a.C.), “O Homem Mal-Humorado”, descoberta no século 20.



BIBLIOGRAFIA
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