domingo, 14 de junho de 2009
A escolha de Artur Azevedo
Luís Carlos Martins Pena , teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de novembro de 1815, e faleceu em Lisboa, Portugal, em 7 de dezembro de 1848. É o patrono da Cadeira n. 29, por escolha do fundador Artur Azevedo. Era filho de João Martins Pena e Francisca de Paula Julieta Pena. Órfão de pai com um ano de idade e de mãe aos dez, foi destinado pelos tutores í vida comercial. Completou o curso do comércio em 1835.
Cedendo a vocação, passou a freqüentar a Academia de Belas Artes, onde estudou arquitetura, estatuária, desenho e música; simultaneamente estudava línguas, história, literatura e teatro. Em 1838, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde exerceu cargos, até chegar ao posto de adido í Legação do Brasil em Londres. Doente de tuberculose, e fugindo ao frio de Londres, veio a falecer em Lisboa, em trânsito para o Brasil. De 1846 a 1847, fez crítica teatral como folhetinista do Jornal do Comercio. Seus textos foram reunidos em Folhetins.
Mas foi como teatrólogo a sua maior contribuição í literatura brasileira, em cuja história figura como o fundador da comédia de costumes. Desde O juiz de paz da roça, comédia em um ato, representada pela primeira vez, em 4 de outubro de 1838, no Teatro de São Pedro, até A barriga de meu tio, comédia burlesca em três atos, representada no mesmo teatro em 17 de dezembro de 1846, escreveu aproximadamente 30 peças, quase tantas obras quantos anos de idade, pois o autor tinha apenas 33 anos quando faleceu. O caráter geral de todas as suas peças é o da comédia de costumes. Dotado de singular veia cômica, escreveu comédias e farsas que encontraram, na metade do século XIX, um ambiente receptivo que favoreceu a sua popularidade. Envolvem sobretudo a gente da roça e do povo comum das cidades. Sua galeria de tipos, constituindo um retrato realista do Brasil na época, compreende: funcionários, meirinhos, juízes, malandros, matutos, estrangeiros, falsos cultos, profissionais da intriga social, em torno de casos de família, casamentos, heranças, dotes, dívidas, festas da roça e das cidades. Foi, assim, Martins Pena, quem imprimiu ao teatro brasileiro o cunho nacional, apontando os rumos e a tradição a serem explorados pelos teatrólogos que se seguiriam. A sua arte cênica ainda hoje é representada com êxito. Fundador da comédia de costumes no Brasil, Martins Pena caracterizou pioneiramente e com humor as graças e as desventuras da Sociedade brasileira.
O Noviço
Sinopse
Esta peça de 1845, aqui adaptada em prosa narrativa, ganhou fama por suas constantes encenações e também por ter sido exibida na TV. Nela, Ambrósio casa-se com Florência, uma viúva rica, de quem ele pretende subtrair o patrimônio.
O desenrolar da história é permeado de situações hilárias. O texto coloquial, satirizando comportamentos, caricaturando pessoas e criticando costumes, permite rápida identificação do leitor. José Arrabal soube, com competência, aproveitar a narrativa para brincar com personagens históricos dando-lhes um tratamento irreverente.
Quem casa quer casa
Sinopse
É uma comédia curta, rápida, que trata das relações familiares salpicadas de críticas aos costumes vigentes na época. Não se propõe a grandes análises. É uma visão irônica, divertida e jovial desta instituição sempre tão conturbada que é a família.
outras obras:
As Casadas Solteiras
O Juiz de Paz da Roça
O Namorador ou a Noite de São João
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