quinta-feira, 18 de junho de 2009

Teatro Grego




O teatro foi uma das mais ricas formas de arte. A representação teatral originou-se e se desenvolveu a partir das Dionisíacas festas em honra ao Deus Dionísio, que incluiu o espetáculo de mímica, dança música, poesia, etc.. Em Atenas, celebrava-se o culto de Dionísio, acontecimento muito apreciado pela população camponesa. Já as Grandes Dionisíacas eram as celebrações urbanas, quando se realizavam os famosos concursos entre autores dramáticos (cada participante concorria com três peças “Trilogia”).
A encenação das peças era feita exclusivamente por atores masculinos que usavam máscaras e representavam também personagens femininos, que deram origem às grandes obras do teatro ateniense. As Grandes Panatenéias, em honra da Deusa Atena, eram celebradas de quatro em quatro anos, com concursos de música e canto, corridas de cavalos e outras competições desportivas; finalizavam com uma procissão que percorria a via sagrada, para oferecer à Deusa o manto luxuoso. Era a festa mais importante da Cidade-Estado de Atenas.
Do ponto de vista cultural, Atenas não era superada por nenhuma outra cidade grega. Lá viveram os maiores pensadores e artistas do mundo grego; alguns deles da própria humanidade. No período clássico, o teatro tornou-se uma manifestação artística independente, embora os principais temas permanecessem ligados à religião e à mitologia. Os dois gêneros básicos do drama teatral foram a tragédia e a comédia.
Tragédia
Dentre os principais autores e obras podem ser mencionados: Ésquilo
(525 - 456 a.C.), que escreveu a trilogia Oréstia, Prometeu Acorrentado, etc.;
Sófocles (495 - 405 a.C.), que se destaca com as peças Édipo Rei, Antígona e Electra;
Eurípides (480 - 406 a.C.), autor de Medeia, Hipólito, Andrômaca, As Troianas, etc.

Comédia
A comédia foi um gênero mais voltado para o quotidiano, para os costumes, que são tratados sobre tudo como objeto de crítica e sátira. Dentre os principais comediógrafos destacam-se: Aristófanes (445 - 385 a.C.), autor de A Paz, Lisístrata, A Assembléia de Mulheres, Os Cavaleiros e Plutos;

Menandro (340 - 292 C.), autor de O Intratável.
Um dos grandes acontecimentos do ano para os gregos era a ida ao teatro. As peças só eram apresentadas durante dez dias e cada peça representada apenas uma vez. Como todos queriam ver os espetáculos, o teatro tinha que ser grande. A população ia para o teatro muito cedo, logo após o nascer do sol. Pagava dois óbolos (moeda grega equivalendo a um terço de uma dracma) para entrar. O Estado mantinha um fundo especial para subsidiar quem não pudesse pagar.
A maior diferença entre o teatro grego e o teatro moderno consiste no fato de que as peças gregas faziam parte de um festival religioso em honra dos deuses. O teatro então nasceu com um festival de cânticos narrando as histórias dos deuses. Um autor dava um passo à frente do coro de cantores para desempenhar o papel do personagem principal. Mais tarde apareceu um segundo ator e, gradualmente a representação foi se desenvolvendo.

Comédia
Esta é uma máscara da comédia grega. Havia duas para cada papel a desempenhar

Diagrama do Teatro de Epidauro

Os juízes se sentavam nestas poltronas e premiavam as melhores representações do ano.

Os gregos ainda hoje acorrem ao antigo teatro de Epidauro, construído em 350 a.C. para assistir às peças clássicas gregas.
Teatro de Dionísio
theatron: é o auditório propriamente dito
orquestra: local onde o coro cantava e dançava
eisodos: os dois acessos laterais para o coro entrar e sair de cena
skene: palco onde os atores atuavam
mechané: grua ou guindaste para elevar atores

Dionísio

Dioniso ou Dionísio (do grego Διώνυσος ou Διόνυσος) era o deus grego equivalente ao deus romano Baco, das festas, do vinho, do lazer e do prazer. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus filho de uma mortal.
Ocorreu que Hera, ciumenta de mais uma traição de Zeus, instigou Semele a pedir ao seu amante (caso ele fosse o verdadeiro Zeus) que viesse ter com ela vestido em todo seu esplendor, tal como anda no Olimpo. Semele então pediu que Zeus atendesse a um pedido seu, sem saber qual seria. Ele concordou e imediatamente se arrependeu.
Uma vez concedido o pedido teria que cumpri-lo. Ele então voltou ao Olimpo e colocou suas vestes maravilhosas, já sabendo de antemão o que ocorreria. De fato, o corpo mortal de Semele não foi capaz de suportar todo aquele esplendor, e ela virou cinzas.
Assim, Dioniso passou parte de sua gestação na coxa de seu pai. Quando completou o tempo da gestação, Zeus o entregou em segredo a Ino (sua tia) que passou a cuidar da criança com ajuda das híades, das horas e das ninfas. Depois de adulto, ainda a raiva de Hera tornou Dioniso louco e ele ficou vagando por várias partes da Terra. Quando passou pela Frígia, a deusa Cíbele o curou e o instrui em seus ritos religiosos. Sileno ensina a ele a cultura da vinha, a poda dos galhos e o fabrico do vinho.
Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da uva. Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho.
Dioniso puniu quem quis se opor a ele (como Penteu) e triunfou sobre seus inimigos além de se salvar dos perigos que Hera estava sempre pondo em seu caminho.
Nas lendas romanas, Dioniso tornou-se Baco, que se transforma em leão para lutar e devorar os gigantes que escalavam o céu e depois foi considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses.
É geralmente representado sob a forma de um jovem imberbe, risonho e festivo, de longa cabeleira loira e flutuante, tendo, em uma das mãos, um cacho de uvas ou uma taça, e, na outra, um tirso (um dardo) enfeitado de folhagens e fitas. Tem o corpo coberto com um manto de pele de leão ou de leopardo, traz na cabeça uma coroa de pâmpanos, e dirige um carro tirado por leões.
Também pode ser representado sentado sobre um tonel, com uma taça na mão, a transbordar de vinho generoso, onde ele absorve a embriaguez que o torna cambaleante. Eram-lhe consagrados: a pega, o bode a lebre.
Às mulheres que o seguiam como loucas, bêbadas e desvairadas se dava o nome de bacantes - Sacerdotisas de Baco. Na celebração das bacanais, elas corriam ao acaso, vestidas de pele de tigre, desgrenhadas, aos gritos, trazendo na fronte uma coroa de heras ou de ramos de vinha e empunhando tirso, tocha ou archote.
É considerado também o deus protetor do teatro. Em sua honra faziam-se ditirambos na Grécia Antiga e festas dionisíacas.
Ditirambo
Nas origens do teatro grego, o ditirambo - “hino em uníssono", (do grego dithýrambos, pelo latim dithyrambu) era um canto coral de caráter apaixonado (alegre e sombrio), constituído de uma parte narrativa, recitada pelo cantor principal, ou corifeu, e de outra propriamente coral, executada por personagens vestidos de faunos e sátiros, considerados companheiros do deus Dionísio, em honra do qual se prestava essa homenagem ritualística. Gênero poético no qual Nietzsche foi mestre.
Ditirambo consistia numa ode (composição poética que se divide em estrofes semelhantes entre si, tanto pelo número como pela medida dos versos) entusiástica e exuberante dirigida ao deus, dançada e representada por um Coro de 50 homens (cinco por cada uma das tribos da Ática) vestidos de sátiros (meio homem, meio bode, uma espécie de servo de Dioniso).
Os "sátiros" tocavam tambores, liras e flautas e iam cantando à medida que dançavam em volta de uma esfinge de Dioniso. Há quem diga que usavam falos postiços. Mas apesar do que se possa pensar, esta cerimônia era totalmente religiosa, uma espécie de hino no meio de uma missa. Também se acredita que haveria o sacrifício de um animal, provavelmente de um bode.
À medida que o tempo ia passando, o Ditirambo foi evoluindo para a ficção, para o drama, para a forma teatral, como a conhecemos hoje. Quem dirigia o ditirambo ia juntando gradualmente relatos de façanhas de heróis que tinham passado grandes tormentos pelo seu Povo. Também as danças que no início seriam descontroladas e caóticas iam gradualmente passando a danças organizadas e elaboradas. Também se começa gradualmente a introduzir poesia no ditirambo.
O Teatro Grego

Bacante e Sacerdote

O teatro grego atingiu todo o seu esplendor durante o período que vai do século V a.C. ao século IV a.C. Esse período também é conhecido como o Século de Ouro, porque foi durante esse intervalo de tempo que a cultura grega atingiu o seu apogeu. A cidade de Atenas foi o centro dessas manifestações e reuniu autores e intelectuais de toda a Grécia. O teatro grego pode ser dividido em três partes: Tragédia, Comédia antiga, e Comédia nova.
Tragédia
Tragédia é a expressão desesperada do homem, que luta contra todas as adversidades, mas não consegue evitar a desgraça. Ela é um gênero característico da Atenas clássica, fundamentada na temática mitológica. Sua raiz está nas festas dionisíacas, consagradas a Dionísio, deus do vinho. As Dionisíacas eram três:
as Dionisíacas Urbanas - consideradas as mais importantes de todas, eram realizadas nas primaveras e duravam sete dias;
as Leneanas - realizadas nas montanhas durante o inverno;
e as Dionisíacas Rurais - realizadas também no inverno no fim do mês de dezembro.
Nessa época, os grandes autores e atores tinham um grande destaque social. Muitos deles eram sustentados pelas cidades em que viviam. Durante o Festival Dionisíaco ou Dionisíacas eles apresentavam três tragédias, seguidas de uma peça satírica. Essas obras eram julgadas por cidadãos escolhidos entre as famílias aristocráticas e por pessoas que ocupavam um lugar de destaque na sociedade ateniense. Pertencer ao júri da tragédia era uma espécie de distinção. Os grandes autores trágicos foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides. Comédia Antiga
A origem da Comédia é a mesma da tragédia, ou seja, às festas dionisíacas, consagradas ao deus Dionísio. A palavra comédia vem do grego Komoidía e sua origem etimológica, Komos, remete ao sentido de procissão. Nessa época havia na Grécia dois tipos de procissão denominadas Komoi : na primeira os jovens saiam às ruas, fantasiados de animais, batendo de porta em porta pedindo prendas. Nessa Komoi era comum zombar dos habitantes da cidade; já no segundo tipo de procissão, era celebrada a fertilidade da natureza. Essa Komoi escoltava uma escultura, que representava um pênis. Durante essa procissão os participantes trocavam palavras grosseiras entre si. Esses palavrões, por conterem conotações religiosas, não eram considerados uma ofensa. Eles eram uma forma de desejar ao próximo fertilidade e fartura.
Acredita-se que essas procissões aconteciam porque a Grécia tinha grandes problemas com a fertilidade da terra também com a das mulheres. Existe ainda uma outra possível origem para a comédia. Segundo Aristóteles ela originou-se nos cantos fálicos. Nesses cantos uma prostituta liderava um cordão e os demais participantes cantavam obscenidades, porém, a primeira definição parece ser a mais concreta. Acredita-se que a comédia, apesar de também ser representada nas festas dionisíacas, era considerada um gênero literário menor, se comparada á tragédia. Isso se dá porque o júri que apreciava a tragédia era nobre, enquanto que o júri da comédia era simplesmente escolhido entre as pessoas que faziam parte da platéia.
A encenação da Comédia Antiga era dividida em duas partes com um intervalo. Na primeira, chamada agón, prevalecia um duelo verbal entre o protagonista e o coro. Depois dessa parte, havia o intervalo, parábase, no qual o coro retirava ás máscaras e falava diretamente com o público. O objetivo da parábase era definir uma conclusão para a primeira parte. Depois do intervalo vinha a segunda parte da comédia. Seu objetivo era esclarecer os problemas que surgiram no agón.
A Comédia Antiga, por fazer alusões jocosas aos mortos, satirizar personalidades vivas e até mesmo os deuses, teve sempre a sua existência muito ligada à democracia. A rendição de Atenas na Guerra de Peloponeso no ano de 404 a.C. levou consigo a democracia e, consequentemente, pôs fim a Comédia Antiga. O autor que mais se destacou nesse período foi Aristófanes.Outros nomes, como os de Magnes, Cratino Crates etc., são conhecidos apenas por referências em textos e fragmentos de peças.
A Comédia Nova
Após a capitulação de Atenas frente à Esparta surge a Comédia Nova, que se iniciou no fim do século IV e durou até o começo do século III. Nesse período a mentalidade dos gregos mudou muito. Eles já não tinham o ideal guerreiro e patriótico do século anterior e, por causa da derrota na guerra de Peloponeso, voltaram-se para o lar.
A Comédia Nova e a Comédia Antiga possuem muitas diferenças. Na Comédia Nova o coro já não é um elemento atuante, sua participação fica resumida à coreografia dos momentos de pausa da ação. Na Comédia Nova a política já quase não é discutida. O seu tema são as relações humanas, como por exemplo, as intrigas amorosas. Na Comédia Nova não temos mais as sátiras violentas, ela é mais realista e procura, utilizando uma linguagem bem comportada, estudar as emoções do ser humano. Até meados do século XX a Comédia Nova só era conhecida pelas imitações latinas (Plauto e Terêncio).
No entanto, algumas descobertas "papirológicas" resgataram a arte de Menandro. Sabe-se ainda que existiram os autores Filémone e Difilo, porém, não existem indícios da existência de suas obras. Havia na Grécia Antiga três grandes festivais em homenagem a Dioniso: as “Dionisíacas Rurais”, que se celebrava a meio do inverno e que se destinava a solicitar os favores do deus no que toca à fertilidade das terras; o “Festival de Lenae a”, que decorria em Janeiro, devotado aos casamentos; e o principal festival para o qual as peças gregas que chegaram aos nossos dias foram escritas: a “Grande Dionísia” celebrada em Atenas. Em 534 a.C., Pisístrato, governante de Atenas, traz para a cidade um ritual dionisíaco e altera-o criando competições dramáticas, chamadas Grandes Dionisíacas. Téspis consegue o primeiro lugar nesse mesmo ano.Nos 50 anos seguintes as competições tornam-se eventos periódicos. Os preparativos da “Grande Dionísia” eram feitos com 10 meses de avanço. Os poetas que desejavam competir tinham, primeiro que submeter as suas obras à autoridade - Archon - e que escolhia uma trilogia, por cada autor - para ser representada. A cada poeta era então atribuído um ator principal e um patrono, o Coregos, um homem abastado que tinha como dever cívico pagar a produção. Os atores eram pagos pelo Estado.
Já na Grécia Antiga havia benefícios fiscais: o Corego que financiasse uma dessas produções não pagava impostos nesse ano. A essas representações assistiam não só os cidadãos atenienses de pleno direito, mas também os altos dignitários dos estados aliados de Atenas.
O autor compunha também a música para a sua peça e coreografava as danças. Também treinava o Coro. E até o número de atores ter crescido, representava igualmente o papel principal.
O primeiro dia da Dionísia era dedicado a uma esplendorosa procissão (de que se pode ver uma representação escultórica no famoso friso do Partenón). Os atores participavam nela usando fatos de palco, mas sem máscaras.
Os três dias seguintes eram dedicados às Tragédiase o quarto às Comédias. Mais tarde as Comédias passaram a ser representadas ao anoitecer a seguir às Tragédias, que tinham início ao alvorecer.
Cada autor de Tragédias tinha pois, que contribuir com três peças, ligadas ou separadas, e também com uma peça de sátiros, sobre a qual se sabe muito pouco. Parece que se tratava de um comentário jocoso ao tema principal das Tragédias e ligava-se de certo modo às primitivas adorações a Dioniso.
No caso das Comédias os autores limitavam-se a apresentar uma peça cada um. Havia prêmios para as melhores Comédias, para as melhores Tragédias, para as melhores produções e mais tarde para o melhor ator trágico (um pouco à semelhança do Oscar do cinema americano).
Muitos poetas escreveram peças para a “Grande Dionísia”, mas só chegaram até nós algumas obras de três deles: Ésquilo, Sófocles e Eurípides.
Os atores das Tragédias usavam provavelmente muito pouca maquilagem, mas em vez disso, usavam máscaras com expressões faciais exageradas. Calçavam igualmente umas botas de couro, com uns grandes saltos, apertadas nos joelhos por cordões, chamadas Contorne (Coturnos, no singular). Havia pouco ou nenhum cenário.
Cenas Típicas na Tragédia Grega: por sua recorrência, algumas cenas se destacam nas tragédias gregas e são tão típicas do gênero quanto o é uma cena de perseguição em um filme de ação. São elas:
Catástrofes: cenas de violência, em geral oculta dos olhos da platéia e narrada posteriormente por um ator, como Os Persas, que narra a destruição da expedição contra os gregos. Representa a reviravolta para pior no destino de uma personagem. Na peça Agamêmnon, por exemplo, o seu assassinato por Clitemnestra. Em Édipo, a cena final, onde o protagonista aparece em cena com os olhos perfurados e sangrando.
Cenas patéticas: cenas de explicitação de sofrimento, dor, em cena. Por exemplo, as cenas em que Electra dá vazão a sua dor pela morte do pai e pela situação humilhante a que a obriga a própria mãe.
Agón ou cenas de enfrentamento: cena onde, por ações ou por palavras entre personagens, explicita o conflito trágico no palco.
Exemplos: o diálogo entre Clitemnestra e Orestes antes da cena de catástrofe, onde Clitemnestra é morta pelo próprio filho em As Coéforas, ou em Édipo Rei, na cena que Édipo discute violentamente com o adivinho Tirésias; anagnórisis ou cenas de reconhecimento é a passagem da ignorância para o conhecimento. Uma personagem descobre-se parente, amigo ou inimigo de outro. Pode ser também a descoberta de algo que se fez ou não. O exemplo clássico de cena de reconhecimento é a descoberta de Édipo como assassino do pai e esposo da mãe em Édipo Rei. O reconhecimento em si pode se dar por várias formas, uma muito usada é a através de sinais exteriores, como quando Electra reconhece seu irmão Orestes por uma roupa que usa.
Observe-se que não se trata de uma cena em que o público toma conhecimento de algo. É a personagem que toma consciência de algo, que não é trivial, mas significativo para o seu destino.
Essas diferentes cenas integram a estrutura da tragédia grega, como que recheando a arquitetura básica das partes.
Téspis de Icárias

Ator grego do começo do século V a.C., trazido de Icárias pelo Tirano de Atenas Pisístrato, um amante da arte de imitar. Reconhecido como o primeiro ator do mundo ocidental.
Téspis criou o conceito de "monólogo" ao apresentar-se em plena Dionisíaca na Grécia Antiga, no Século V a.C. em Atenas. Em uma época em que as apresentações públicas possuíam um caráter litúrgico e não artístico, o povo se reunia nas ágoras da cidade para os rituais em favor de Dionísio. Para tanto, o coro declamava a poesia e dançava a coreografia inspirada nos cânticos ditirâmbicos.
Trazido de Icárias pelo tirano de Atenas Pisístrato, o propenso ator Téspis, (que na época era conhecido como um hipocritès, ou seja, fingidor), munido de máscara e vestindo uma túnica, interpretou o deus Dionísio, destacando-se do coro, sobre a sua carroça que mais tarde ficaria conhecida como " carro de Téspis".
Téspis passara por cima da autoridade do arconte, o legislador, e criara um argumento artístico dentro de uma apresentação litúrgica politeísta, criando o papel do protagonista em um movimento que futuramente ficaria conhecido como Tragédia Grega.
Tespis também criou a conotação de segundo-ator, ou o que mais tarde Ésquilo chamaria de deuteragonista, ao interpretar de uma só vez dois personagens distintos, usando para isso, duas máscaras, uma no rosto e outra na nuca.
Ésquilo

Ésquilo, o primeiro grande autor trágico, nasceu em Elêusis no ano de 525 a.C. participou da batalha de Maratona no ano de 490 a.C. e, por muitas vezes, esteve na Sicília, onde morreu no ano de 456 a.C. Ésquilo acreditava que o Autor era, antes de tudo um educador.
Ele acreditava que se os atores sofressem em cena, isso despertaria os sentimentos de terror e piedade dos espectadores proporcionando-lhes o alívio ou purgação desses sentimentos. Ocorreria assim a purificação das paixões - Catarse.
Ésquilo foi o primeiro autor a introduzir um segundo ator nas representações, escreveu mais de oitenta obras dentre as quais se destacam “Os Persas” (472), “Os Sete Contra Tebas” (467), “As suplicantes” (acredita-se que seja de 463), “Prometeu Acorrentado” (de data desconhecida e autenticidade duvidosa) e as três peças da “Oréstia”(458): “Agamenon”, “As Coéoras” e “As Eumênides”.
Durante muito tempo acreditou-se que as trilogias ou tetralogias articuladas, ou seja, três tragédias de uma mesma lenda seguidas de um drama satírico, existiram desde a origem do teatro. Essa teoria começou a ser questionada a partir do momento em que “As Suplicantes” não foram mais consideradas como a mais antiga obra de Ésquilo. Por isso, alguns estudiosos acreditam que foi Ésquilo quem instituiu as trilogias ou tetralogias articuladas.
A única trilogia completa de Ésquilo que conhecemos é a Oréstia. Por meio dela pode-se tentar compreender um pouco o pensamento desse autor, sobretudo porque ela foi escrita pouco antes de sua morte.
Eurípides

Pouco se sabe da origem de Eurípides. Acredita-se que ele era filho de um mercador de legumes e que viveu entre os anos de 485 a.C. a 406. Eurípides é considerado por muitos como o homem que revolucionou a técnica teatral.
Ele não tinha a mesma preocupação com o destino como tinha Ésquilo e os seus personagens não eram heróis, como os inspirados nas obras de Homero. Eurípides tentou mostrar o homem como ele realmente é, ou seja, quase sempre perverso e fraco.
Sobreviveram ao tempo muito mais obras de Eurípides do que dos outros autores trágicos. Isso aconteceu porque, apesar de Eurípides não obter muito sucesso junto ao seu povo, pois poucas vezes conseguiu vencer os concursos que participou, sua obra, por abordar temas patéticos e idéias abstratas, foi muito apreciada no século IV. Devido a essa preferência é possível a elaboração de uma lista de obras com datas quase precisas, são elas: “Alceste”(438), “Medeia”(431), “Hipólito”(428), “Hécuba”, “Os Heráclidas”, “Andrômaca”, “Héracles”, “As Suplicantes”, “Íon”, “As Troianas”(415), “Eletra”, “Ifigênia em Táurida”, “Helena”(412), “As Fenícias”, “Orestes” (408), “As Bacantes”, “Ifigênia e Áulis”, “Ciclope” (com data desconhecida). A obra “Medeia”, uma das mais conhecidas entre nós, é um drama de amor e paixão. E essa é a grande diferença que existe entre as obras de Eurípides e as de Ésquilo e Sófocles. Na obra de Ésquilo o amor é praticamente nenhum. Em Sófocles ele geralmente fica em segundo plano. No entanto, em Eurípides ele é essencial e chega às últimas conseqüências, ou seja, a vingança e a morte. Em Eurípides ainda encontramos a loucura, que pode ser vista na obra “Héracles”.

Menandro, que era filho de uma rica família de pecuaristas, nasceu em 343 e morreu em 291 a.C. Durante a época em que viveu não foi reconhecido como um grande autor de comédias. No entanto, depois de sua morte, suas obras foram tão divulgadas que passaram a ser consideradas, por muitos intelectuais da época, como um primor estético.
Um exemplo da fama que Menandro conseguiu foi este epigrama criado por Aristófanes: "Menandro e vida: qual de vós imita o outro?".
As obras de Menandro foram quase todas consumidas pelo tempo. Somente em 1958 foi encontrado um papiro egípcio contendo a obra “Misantropo”, que conta a história de um homem, cujo nome é emprestado a obra, e sua filha , Simon.
A mulher de Misantropo, que já tinha o filho, Górgias, de um outro casamento, abandonou o marido e a filha logo após nascimento da menina por causa do caráter intratável de Misantropo. Sóstrato, um jovem muito rico, tenta se casar com a moça, mas o pai dela não permite essa união.
Essa situação só é revertida quando Cnemon cai em um poço e é ajudada por Górgias. Perante a essa ajuda totalmente desinteressada, Misantropo se comove, redime-se de seu caráter e permite o casamento de sua filha com Sóstrato.

Aristófanes

Nasceu em Atenas, Grécia em 457 a.C. e faleceu em385 a.c. Viveu toda a sua juventude sob o esplendor do Século de Péricles. Testemunhou o início e o fim daquela grande Atenas. Viu o início da Guerra do Peloponeso, em que Atenas foi derrotada.. Ele, da mesma forma, viu de perto o papel nocivo dos demagogos (especialmente Cléon) na destruição econômica, militar e cultural de sua cidade-estado. À sua volta, à volta da acrópole de Atenas, florescia a sofística-a arte da persuasão-, que subvertia os conceitos religiosos, políticos, sociais e culturais da sua civilização.
Cléon (fl. -430/-422), influente político que se destacou em Atenas após a morte de Péricles (-495/-429), foi diretamente satirizado por ele em sua primeira comédia sob o próprio nome, também no ano de 427 a.C. (Os Babilônios). Cléon, segundo a tradição, processou-o sem sucesso em -426. “Os Babilônios” foi representada nas Grandes Dionisias Urbanas, diante do General e de seus aliados, mas perdeu-se no tempo...
Sua primeira comédia, “Os Convivas”, estreou em -427 sob o nome de “Calístrato, o ensaiador da peça”, e obteve de saída o segundo prêmio.
Dois anos depois, no ano de 425 a.c nas Leneanas, Aristófanes apresentou a comédia “Os Cavaleiros”, o que motivou um segundo processo em -424, resolvido aparentemente através de acordo realizado fora dos tribunais Esta peça, felizmente, chegou até nós. Ela representa o mais violento ataque pessoal de Aristófanes a Cleon Foi considerada tão agressiva que nenhum ator da época teve a coragem de representar o papel de Panflagônio (Cleon). Foi o próprio autor que teve de fazê-lo (desempenho, aliás, considerado medíocre por seus contemporâneos). Para desespero do general, ele foi o vencedor do concurso.
No governo de Cleon, os aliados de Atenas foram relegados à condição de colônias, o que provocou descontentamento, deserções e, depois, a Guerra do Peloponeso, Esta situação favorece o partido aristocrático, que se instala no poder, mas a liberdade de expressão desaparece, o que modifica a atitude de Aristófanes como escritor dado que o impede que trate em cena de temas políticos da atualidade. Este fato histórico determina a divisão das suas obras em dois grandes grupos: as escritas antes e depois do referido fato.
Da primeira época são: “Os Acarnenses”, na qual manifesta a sua atitude antibélica (1º lugar nas Dionisias); “Os Cavaleiros”, ataque contra o demagogo Cléon, que o Salsicheiro, demagogo mais hábil do que ele, e os cavaleiros da aristocracia derrotam (1º lugar nas Dionisias); “As Nuvens”, sátira das novas filosofia e pedagogia, em que ataca Sócrates e os sofistas (3º lugar nas Dionisias); “As Vespas”, sobre a paixão que os atenienses mostram pelos processos judiciais (1º lugar nas Dionisias); “Paz”, obra antibelicista (2º lugar nas Dionisias); “As Aves”, em que descreve o fantástico reino dos pássaros, que dois atenienses dirigem e que, na forma como agem, conseguem suplantar os deuses ( 2º lugar nas Dionisias); “Lisístrata”, obra especialmente alegre, em que as mulheres de Atenas, dado que os seus maridos não acabam com a guerra, resolvem fazer uma greve sexual (1º lugar nas Dionisias); “Mulheres Que Celebram as Tesmofórias”, paródia das obras de Eurípides (1º lugar nas Dionisias); e “As Rãs”, novo ataque contra Eurípides (1º lugar nas Dionisias). Para sublinhar mais esta excelência entre os gregos, é bom citar que a comédia “As Rãs” foi tão bem recebida pelo público que teve a sua reapresentação pedida pela platéia. Na época, a reapresentação de uma peça era privilégio da tragédia.
Da sua segunda época são “Assembléia das Mulheres” (em que Aristófanes satiriza um Estado imaginário administrado pelas mulheres, no qual tudo é de todos e as velhas têm prioridade para reclamar o amor dos jovens) e “Um Deus Chamado Pluto”, fábula mitológica em que esta divindade da riqueza, que na sua cegueira favorece os malvados, recupera a vista.
Nas duas últimas comédias nota-se uma redução expressiva das partes corais, o desaparecimento da sátira política e uma importante atenuação da sátira pessoal, o que coloca ambas no terreno da "Comédia Média", ou pelo menos em pleno período de transição. É possível que uma das últimas obras de Aristófanes, “Cocalos”, apresentada por seu filho Araros entre -388 e -380, tenha inaugurado alguns aspectos da "Comédia Nova", introduzindo na comédia alguns aspectos românticos que caracterizariam posteriormente o gênero.
Do acervo de 40 peças de Aristófanes, somente 11 peças nos restaram. e também numerosos fragmentos de suas outras comédias, que permitiram reconstituir, ao menos em parte, o argumento de algumas delas. Embora toda sua vida intelectual tenha transcorrido em Atenas, apresentou certa vez uma de suas peças no teatro de Elêusis.
Todos os recursos cômicos imagináveis foram usados com grande maestria pelo poeta, desde a sátira mais grotesca até a malícia mais sutil: situações ridículas, cenas fantásticas, personagens alegóricos, caricaturas de personagens humanos reais e deuses, pilhérias, ironias, jogo de palavras, trocadilhos, mal-entendidos, exageros, substituição de palavras esperadas por outras inesperadas, paródias (dos autores trágicos, principalmente), neologismos, provérbios...
Aristófanes recorria também com freqüência à licenciosidade e à obscenidade, o que sem dúvida pode chocar os desavisados leitores modernos. Não se deve, no entanto, esquecer que o pudor de nossos tempos desenvolveu-se somente nos últimos séculos, e que os antigos encaravam com muito mais naturalidade esse tipo de gracejo. Além disso, as festas dionisíacas que originaram a comédia derivaram de antigos rituais de fertilidade em que o elemento sexual era um componente crucial.
As críticas de Aristófanes atingiam a tudo e a todos: os chefes políticos, a Assembléia, os tribunais e os juízes, os militares, os poetas trágicos, os filósofos, o povo em geral, os velhos, os jovens, as mulheres... Mas as intenções morais por trás das críticas eram muito sérias: o poeta defendia sempre os valores antigos, a vida rural e, especialmente, a paz — tão desejável durante a Guerra do Peloponeso.
Suas duas últimas comédias, Cocalos e Eolosicon foram encenadas por seu filho Araros após -388. Acredita-se que o poeta tenha morrido pouco depois, em algum momento entre -386 e -380.
Sófocles

Sófocles, o maior dos poetas trágicos de sua era
Nasceu em Colono, perto de Atenas em 495 a.C. Viveu sempre em Atenas e lá morreu, nonagenário, entre 406 a.C. e 405 a.C. Sófocles era de família abastada, porém não era aristocrática. O mais bem sucedido autor de tragédias da Grécia, estreou nas Dionisias Urbanas em 468 a.C. no século de Péricles, com a tragédia Triptolemos, concorrendo com Ésquilo (venerado pelos atenienses) e recebendo o primeiro prêmio aos 28 anos de idade. Venceu os concursos 18 ou 24 vezes, e nunca obteve menos que o segundo lugar. Foi ele quem obteve o maior número de vitórias nos concursos dramáticos de Atenas e homenageado como o maior dos poetas trágicos. Consta que Sófocles teve intensa vida política em Atenas.
Segundo a tradição, liderou o coro de jovens que celebrou a vitória de Salamina e, graças ao seu prestígio, foi tesoureiro da Liga de Delos em 443 a.C., estrátego em 441a.C. (ao lado de Péricles) e por volta de 428 a.C. (na época de Nícias). Em 413 a.C., após o desastre da Sicília, foi um dos dez próbulos que governaram provisoriamente a cidade. Era devoto de Asclépio e, enquanto o asclepieion de Atenas era construído, a estátua do deus ficou acomodada em sua casa.
Era bem apessoado e afável; consta que foi amigo de Péricles e de Heródoto e que Íofon, seu filho, e Áriston, seu neto, foram tragediógrafos de renome. Diz-se que alguns meses antes de sua morte, ao saber que Eurípides morrera, vestiu o coro de preto e, em lágrimas, deu ao público a notícia.
Os testemunhos antigos atribuem-lhe cerca de 120 tragédias e dramas satíricos, dos quais cerca de 18 eram tetralogias, um hino a Apolo e alguns poemas. Somente sete tragédias chegaram até nós: Édipo Rei, Édipo em Colono, Antígona, Electra, Ájax, As Traquinias, Filoctetes. Os enredos de todas as tragédias provêm da mitologia grega; o drama satírico Cães de Caça foi inspirado em um antigo hino a Apolo tradicionalmente atribuído a Homero.
Das tragédias sobreviventes, as cinco mais antigas não podem ser datadas com precisão. Ájax e As Traquinianas foram apresentadas em algum momento entre 450 a.C. e 430 a.C. Antígona, possivelmente, em 442 a.C.; Édipo Tirano (mais conhecida pela tradução incorreta, Édipo Rei) entre 429 a.C. e 425 a.C., Electra entre 420 a.C. e 410 a.C. A tragédia Édipo em Colono foi encenada por seu neto Áriston e apresentada postumamente. De um drama satírico intitulado Os Cães de Caça, de data incerta, temos cerca de 400 versos.
Sófocles inovou a construção e a técnica teatrais de seu tempo: aos dois atores usados por Ésquilo acrescentou um terceiro, recurso utilizado posteriormente por Ésquilo na Orestia, e aumentou ainda mais os diálogos dos personagens e reduziu as falas do coro, embora tenha elevado o número de seus componentes. O Coro atua como um personagem coletivo, dialogando com o protagonista.
Em sua época as tetralogias não eram mais compostas de tragédias interligadas, e os enredos tornaram-se mais complexos. Alguns eruditos sustentam mesmo que, com Sófocles, a tragédia grega atingiu a perfeição. O grande filósofo Aristóteles afirma que, Édipo Rei, é a tragédia mais perfeita já escrita, modelo para todas as outras.
Os deuses aparecem em segundo plano, são constantemente citados mas, raramente intervêm em pessoa; praticamente toda a ação se desenvolve no plano humano. Como se costuma dizer, ao teocentrismo de Ésquilo opunha-se o antropocentrismo de Sófocles.
O personagem sofocliano é um ser humano ideal, dotado dos mais elevados atributos humanos. Seu caráter, habilmente delineado pelo poeta, freqüentemente contrasta com o de outros personagens. O comportamento às vezes muda, e até traços de caráter se alteram diante das reviravoltas da fortuna. Os atos são cometidos livremente pelos personagens. Mesmo assim, acredita que o homem é um joguete nas mãos dos deuses. O destino atinge diretamente os personagens: o sofrimento trágico é inevitável diante dos atos cometidos.
Arrogância, orgulho desmedido e pecado levam ao desastre, e a moderação é sempre apresentada como o melhor caminho.


O Espaço Cênico Grego

Os palcos (skene) eram no início muito simples; primeiramente com arquibancadas em madeira e depois degraus nos barrancos, mas devido ao peso ruíam até evoluir à forma em que o público sentava-se em degraus de pedra em volta da orquestra. As apresentações tinham lugar durante o dia, ao ar livre.
Uma notável tradição teatral cresceu em Atenas, onde tanto comédias quanto tragédias eram freqüentemente representadas nos ritos religiosos do festival de Dionísio.
Os poetas apresentavam três tragédias (geralmente sobre temas diferentes) e uma peça satírica, mais leve. Ofereciam-se prêmios ao melhor poeta e o vitorioso recebia uma coroa de hera.
Os relatos iniciais são obscuros, mas conta-se que o poeta ático Téspis (c.534 a.C.) deu o passo decisivo ao colocar em cena um ator cujo papel era conduzir o diálogo com o coro.
O ateniense Ésquilo teria introduzido o segundo ator e Sófocles, o terceiro. Na comédia 'antiga' (por volta do século 5 a.C.), que só pode ser analisada através da obra de Aristófanes, constituída por paródias políticas, literárias e filosóficas intercaladas com sátiras pessoais, o coro volta a ter um papel importante.
Depois do período de transição da comédia (c.400-320 a.C.) chegou-se à comédia 'nova', que teve início no final do século 4 a.C., já então com características mais definidas graças à peça de Menandro (c.342-290 a.C.), “O Homem Mal-Humorado”, descoberta no século 20.



BIBLIOGRAFIA
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JANVIER, LUDOVIC, Beckett

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