domingo, 14 de junho de 2009
autor de teatro, de não menos de 42 peças de sucesso
Gil Vicente (1470?-1536?) Consta que nasceu por volta de 1470. Estudou Direito, mas logo se dedicou só í literatura. Como poeta lírico, há alguns poemas humorísticos seus no "Cancioneiro" de Garcia Resende. Consagrou-se como autor de teatro, de não menos de 42 peças de sucesso, todas em versos e musicadas por ele mesmo, das quais 14 em português, 10 em castelhano e o restante no que hoje chamamos de "portunhol".
A maior parte de suas peças assinalavam datas comemorativas religiosas ("autos"), cívicas, eventos na Família Real, ou seja, eram peças encomendadas, quase oficiais. Mas há um número significativo de peças puramente para entretenimento, bastante populares, onde fica mais livre, em particular nas farsas, bem divertidas. De suas peças sobre a Família Real, como "Visitação", que marcou em 1502 o nascimento do futuro rei Dom João III, participavam como atores as damas e cavalheiros da Corte, sempre em Palácio. A documentação indica que ele ainda estava vivo em 1536, mas não há registro da data exata de sua morte.
Auto da Barca do Inferno
Sinopse
Poucos são os fatos sabidos e não-controversos sobre a vida de Gil Vicente (1465?-1536?). No entanto, é consenso que ele é o fundador da dramaturgia em língua portuguesa. Estima-se que tenha escrito 46 peças, entre obras em português, em espanhol e, até mesmo, nas duas línguas misturadas. Sua obra mais conhecida é Auto da barca do Inferno, encenada pela primeira vez em 1517. Trata-se de uma alegoria dramática: duas são as barcas em que os personagens podem subir; a do Inferno, munida do Diabo, e a da Glória, encabeçada pelo Anjo. Em cena, é realizado o auto do julgamento das almas, e a maior parte delas segue na primeira barca. Entre os "réus", um agiota, um sapateiro rico, um tolo, uma alcoviteira, um usurário, quatro cavaleiros e um frade corrupto, além de outros representantes da humanidade. Muito mais do que uma sátira da sociedade lisboeta em princípios do século 16, mais do que uma farsa ou um auto de moralidade (embora também o seja), Auto da barca do Inferno é um bem-humorado arrazoado dos vícios que corroem o mundo e uma crítica – infelizmente ainda válida – í organização da sociedade dos homens. Gil Vicente é considerado o primeiro dramaturgo da língua portuguesa.
Farsa de Inês Pereira
Sinopse
História de uma jovem que queria se casar com homem discreto (esperto) para livrar-se do trabalho doméstico. Ela acaba tendo uma experiência terrível no primeiro casamento e aceita casar-se com um segundo, um homem tolo. Baseado no tema "Mais vale um asno que me carregue que um cavalo que me derrube".
O Velho da Horta
Sinopse
Nesta obra, o renomado professor Segismundo Spina, através de um prefácio e centenas de notas explicativas, apresenta ao público três peças teatrais de Gil Vicente – "O Velho da Horta", "Auto da Barca do Inferno" e "Farsa de Inês Pereira" –, nas quais podemos saborear o fino humor e a astuta visão do mundo medieval do autor português.
Outras obras:
Auto da Alma
Auto da Feira
Auto da India
Auto de Mofina Mendes
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