terça-feira, 25 de agosto de 2009

TEATRO ROMANO


Ao contrário da Grécia, o teatro não foi um meio de educação e cultura para o povo romano. Os governantes tirânicos se preocupavam em proporcionar jogos e espetáculos sangrentos no Circo Romano. Imperava a política do “pão e circo”. Não era conveniente que o povo assistisse algo sério e conscientizador. Grande repressão exercia-se contra os autores que usavam a palavra para discutir a realidade em que vivia o povo oprimido. Por isso mesmo os espetáculos de “mimesis” (imitação): o “mimo” (espetáculos de mímica) e a “pantomima” (narração por meio de dança, exprimindo sentimentos e idéias através de gestos e expressão corporal) eram os mais aceitos pelo poder.
Mesmo assim, os mimos, (os mímicos eram chamados de mimos) como o célebre Pílades, tiveram problemas por criticar altos funcionários, através de gestos.
Para os imperadores o mimo e a pantomima, tinham a dupla vantagem de agradar à plebe de Roma e também a todos os povos submetidos, fossem quais fossem a sua língua e a sua raça. Constituíam assim artigos de exportação capazes de contribuir para o domínio e para o prestígio de Roma. Os mimos (mímica) e a pantomima foram postos a serviço da unidade romana. Os mimos “Batilo”, no gênero cômico e “Pílades”, no gênero sério, foram os artistas mais célebres da época.
A decadência de costumes em Roma exprime-se em espetáculos cada vez mais violentos, nos jogos do circo e do anfiteatro. Os cristãos foram vítimas em muitos espetáculos e, muitas vezes escravos ou condenados substituíam os atores nas cenas de mortes para que o povo pudesse assistir uma morte verdadeira em cena.
A única contribuição essencial do teatro romano é representada pelas “atelanas” que eram peças populares, que resistiram ao tempo, influindo nas posteriores “farsas” da idade média, e até no início do teatro moderno inspiraram a comédia Del ‘arte.
A “atelana” era representada no fim do espetáculo, assim como o “drama satírico” era representado na Grécia, e tinha personagens-tipos usando máscaras, que com o tempo foram se tornando tipos fixos. Inspiravam-se na vida dos camponeses e nos ridículos dos citadinos.
Em Roma, os “mimos” foram se tornando mais populares, tomando o lugar das “atelanas”, mas essa forma popular resistiu heroicamente nas províncias do Império, até a Idade Média.
O mimodrama nasceu das antigas improvisações sob a forma de “SATURAS” (peças
(burlescas), assim denominadas porque misturavam a fala, a música e a dança.
A “SATURA” representou durante muito tempo a única arte dramática autenticamente romana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário