terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dicionário do teatro e da cena


Palco: Parte da caixa do teatro que fica entre o urdimento, em cima, e o porão, em baixo. Compreende a cena ou o espaço cênico, a boca de cena, o proscênio, os bastidores e as coxias, etc.

Proscênio: parte anterior do palco, que avança desde a boca de cena até o fosso da orquestra, cobrindo-o em raros casos, quando assim o exige a cenografia, e então constituindo o falso proscênio.

Cenário: Conjunto dos elementos plásticos que decoram e delimitam o espaço cênico. Os elementos do cenário podem ser construídos, projetados, ou sugeridos pela presença de detalhes simbólicos de espaço e tempo.

Rompimento: elemento delimitador da cena, composto de dois reguladores, ou duas pernas, que se ligam no alto a uma bambolina, com ela formando um arco. Os rompimentos são numerados de baixo para cima, isto é, dos mais próximos aos mais distantes da boca de cena.

Bambolina: faixa de pano ou de papel, montada ou não sobre caixilhos, unindo, na parte superior, as pernas dos rompimentos, para evitar que se veja o urdimento quando não há teto.

Urdimento: parte superior da caixa do teatro, guarnecida de forte e firme madeiramento ao qual se fixam roldanas, moitões, gornos, ganchos, e outros dispositivos mecânicos para o trabalho das manobras. Do urdimento fazem parte as varandas. Alguns autores reservam o nome de urdimento apenas para o conjunto das cordas e fios de manobra, etc., pendentes do teto da caixa a que chamam: teia.

Rotunda: panos de fundo geralmente em veludo ou flanela, que circunscreve toda a cena, dispensando rompimentos e bastidores. A rotunda pode exibir elementos de paisagem, etc., sendo movida lateralmente por meio de tambores verticais. Também se chama cortina de fundo.

Coxias: Partes do palco, aos lados e ao fundo da cena, ocultas à visão do público.

Gambiarra: Caixa de luzes, horizontal, suspensa entre bambolinas e fora das vistas do público, para a iluminação do palco de cima para baixo, complementando ou reforçando as luzes dos projetores. Também se dá esse nome à vara de projetores.

Adereços: Objetos menores que fazem parte da cenografia (adereços de cenário), ou são portados pelos personagens (adereços de ator), ou são previamente postos em cena para serem utilizados pelos personagens em cena (adereços de representação).

Maquiagem: Material cosmético usado por atores e atrizes para a modificação da aparência do rosto ou de partes descoberta do corpo, a fim de adequar essa aparência aos efeitos singulares das luzes de cena.

Máscara: Adereço com que o ator cobre, parcial ou totalmente, a própria face, muito usada nos teatros do Japão e da China; os atores do teatro grego trabalhavam sempre com máscaras, as quais acredita-se que também funcionavam como ressonadores ou ampliadores da voz.
Gêneros Dramáticos

Tragédia: Peça dramática de enredo sério que tem por fim promover no espectador uma catarse, ou purgação, ao assistir a luta dos personagens contra poderes muito mais altos e mais fortes, que em geral os levam à capitulação e à morte. A derrota das aspirações do herói trágico, muitas vezes, é atribuída à intervenção do destino ou aos seus defeitos morais e vícios que concorrem para o seu fim adverso. Atualmente não se encontram mais tragédias, no sentido antigo, e sim dramas com final infeliz.
Comédia: É o gênero de teatro recitado em oposição ao teatro cantado em prosa ou em verso, que geralmente se caracteriza pela leveza do tema, quase sempre alegre e com final feliz, cuja finalidade principal é excitar o riso do espectador, seja pelo choque de situações entre os personagens (comédia de intriga), seja pela pintura e crítica de costumes (comédia de costumes), seja ainda pela representação dos vícios e ridículos do homem (comédia de caráter).
Drama: Representado num tom mais coloquial do que a tragédia costuma ter episódios levemente cômicos, entremeados de cenas sérias. O drama pode ser declamado, declamado com intervenções cantadas ou totalmente cantado.

Ópera: Obra teatral em verso inteiramente cantada, em música de grande estilo, sem diálogos falados, incluindo bailados e cenas de multidão, nas quais intervém grande massa coral. As primeiras óperas datam do século XVI.

Revista: espetáculo teatral em que os atos se dividem em quadros mais ou menos independentes uns dos outros, ainda que ligados uns aos outros por um tema comum, geralmente alegre e crítico, tudo em meio a exibições de beleza de atrizes e cenários, ao som de músicas igualmente alegres, especialmente compostas.

Teatro de sombras: espetáculo teatral em que a ação dramática é mostrada ou sugerida pelas sombras dos atores, projetadas de fora sobre uma tela translúcida. Também tem o nome de: teatro de silhuetas.

Pantomima: espetáculo teatral sem palavras, em que os artistas comunicam seus pensamentos e sentimentos através da dança, da expressão facial e corporal. As pessoas movimentam-se de várias formas diferentes diariamente. Alguns arrastam os pés ao andar, andam correndo, saltitando, sem contar os tiques nervosos e gestos involuntários. Os animais também têm suas particularidades, cada um ao seu modo. Estes deslocamentos no espaço, em sua gama de variedades, são motivo de estudo, ou seja, observação, para a composição da personagem e cenas de teatro. Sem contar ainda, com a riqueza das expressões faciais que retratam o que está lá no íntimo de cada um, sentimentos e estados de espírito da personagem.Bem, é nesse universo rico de movimentos e gestos que surge o campo da mímica e a pantomima. A precisão dos gestos é tanta que, praticamente, “fala” com seus gestos. Estes mundo imaginários dos mímicos é criado apenas com a movimentação do corpo e seus gestos é a “arte do silêncio”.Para ressaltar seu trabalho que tem como base a expressão facial e as mãos, os mímicos valem-se do recurso da maquiagem branca, destacando os olhos em preto e a boca avermelhada, e luvas brancas para evidenciar as mãos. Deve-se ressaltar que a concentração é o principal requisito para esta arte, o artista cria-se um foco de atenção permanente, que sem dúvida não existira se não houvesse disciplina.
Essa forma de interpretação é mais antiga do que se imagina, eram utilizadas nas Sátiras e Comédias na Grécia antiga e em Roma.
Fora preservada, graças ao empenho e persistência dos grupos itinerantes de atores que se deslocavam de uma cidade a outra ao longo dos tempos, principalmente na Idade Média, arregando consigo a preciosidade da arte teatral através da oralidade. Destaque às companhias italianas da Commedia dell`arte, no século XVI.
Há uma confusão quando se fala em “pantomima” e “mímica”. A pantomima, geralmente, trata-se de uma história completa, muito engraçada, e utiliza palavras e gestos precisos. A mímica, ao contrário, cria situações curtas, em um mundo fantástico, cheio de objetos e personagens imaginários que só podem ser entendidos através dos movimentos e gestuais do mímico. A mímica é, portanto, a representação gestual, sem a utilização do recurso da voz.
O instrumento de trabalho do mímico é seu corpo, para tanto, necessita de muito treino e exercícios de expressão facial para a musculatura do rosto.
As apresentações de mímica são interessantíssimas, além de divertidas. Enquadram-se ainda nesta arte, as “vitrines vivas” e as “estátuas” que vemos nas esquinas de grandes cidades, nos dias atuais.
Um dos mais famosos mímicos da história foi Marcel Marceau, com seu estilo pessoal, mestre de muitos mímicos, e que teve inúmeros seguidores, assim como Charles Chaplin, no seu principal personagem Carlitos, foi um dos mais geniais da arte da pantomima.

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