terça-feira, 25 de agosto de 2009

O Século de Ouro


Os dramaturgos espanhóis do século XVII tinham profundas raízes na tradição popular, falando mais ao povo, e desprezando as imposições eruditas de muitos dramaturgos da renascença.
Os principais foram:

Lope de Vega (1562-1635) O maior dramaturgo do século de ouro espanhol é Lope de Vega que foi autor de 470 comédias e 50 “autos” peças, o dramaturgo mais fecundo de todos os tempos. Muitas vezes improvisava rapidamente os textos, sem muita preocupação da construção dramática ou da coerência psicológica, e mesmo assim tinha grande força dramática e intensa poesia lírica.
Amparando-se nas tradições peninsulares Lope de Vega cria um teatro nacional espanhol.
Foi o criador do personagem que se tornou fixo na dramaturgia espanhola: “o Gracioso”, que traduz o bom senso popular. Em suas peças “O melhor alcaide, o Rei” e “Peribañez” apresenta o poder do Rei, interferindo no estabelecimento da justiça, resolvendo problemas do povo oprimido pela nobreza.
Obras: “Auto dos Cantares”
“O fingido Verdadeiro”
“O certo pelo Duvidoso”
“Fuenteovejuna”, que descreve uma revolta popular.

Tirso de Molina (1571-1648) É considerado um dramaturgo do chamado “Ciclo Lope de Vega”, mas se parece com ele apenas nas peças históricas. Tinha grande vivacidade e força inesgotável de invenção como seu contemporâneo Lope de Vega, mas era superior na comédia de santos e na comédia erótica, como por exemplo, na peça “Don Gil das Calças Verdes”. Escreveu “El burlador de Sevilla” que foi a primeira versão teatral da lenda espanhola de Don Juan. Traça as linhas mestras do enredo e o espírito de revolta que caracteriza, contra todas as leis humanas e divinas, a alma de um dos grandes tipos do teatro moderno: o Don Juan.
Obras: “El burlador de Sevilla” (Don Juan)
“Don Gil das Calças Verdes”

Guillén de Castro (1569-1631) Famoso como o primeiro dramaturgo que tratou do enredo do “LE CID”, preparando o caminho para o francês Corneille escrever a obra prima “Le Cid”. Mas escreveu também peças psicológicas como “Os mal casados de Valencia”.
Obras: “Le Cid”
“Os mal casados de Valencia”

Calderon de la Barca (1600–1681) Foi o dramaturgo dominante do teatro espanhol. Considerado o maior autor de autos religiosos, suas tragédias são as bem mais construídas do teatro espanhol, e nas suas comédias predomina o clima engenhoso de capa e espada.
A obra de Calderon pode ser dividia em comédias de intriga, peças filosóficas, dramas religiosos, tragédias e autos sacramentais. Escreveu 66 “Autos Sacramentais”.
Obras: “O príncipe Constante”, que narra o martírio do infante Fernando de Portugal.
“A vida é sonho”, sua peça filosófica mais perfeita.

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