sábado, 26 de setembro de 2009

Décadas de 70 e 80


Apesar dos tempos difíceis a arte cênica evoluí em quantidade e qualidade. Ademar Guerra dirige: Missa Leiga (1972) e Mahagonny (1976), Antônio Bivar com Cordélia Brasil; Leilah Assunção com Fala Baixo, Senão eu Grito, Consuelo de Castro com Á Flor da Pele, José Vicente com O Assalto. Nos anos 70 o teatro esteve sob ás vistas da censura, mas mesmo mutilado atingiu picos de criatividade que o colocou entre os melhores do mundo. Contou com montagens históricas: O Balcão de Jean Genet (1970) dirigido por Victor Garcia; Macunaima de Mário de Andrade direção de Antunes Filho (1978); Gota D’água de Paulo Pontes e Chico Buarque (1979). Com o relaxamento da Censura foi possível encenar: Rasga Coração de Oduvaldo Viana Filho e Sinal de Vida de Lauro César Múniz.
Surgem novos dramaturgos: Fauzi Arap com Pano de Boca; Carlos Queirós Telles com Muro Arrimo; Maria Adelaide Amaral com Bodas de Papel; e João Ribeiro Chaves Neto com Patética. Esta peça tem por tema o jornalista Vladimir Hersog, torturado e morto no tempo da ditadura militar.
Ainda nessa década proliferaram vários grupos teatrais, muitos deles diferindo-se pela experimentação. São Eles: Asdrubal Trouxe o Trombone; o Royal Bexiga’s Company; Pessoal do Victor. Há ainda o grupo Ornitorrinco, dirigido por Cacá Roset; grupo Macunaíma; o grupo Tapa dirigido por Eduardo Tolentino. Além dos diretores mencionados merecem destaque: Oswaldo Mendes, Márcio Aurélio, Roberto Lage, José Possi Neto, Bia Lessa, Ulisses Cruz.

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