sábado, 26 de setembro de 2009
As Duas Primeiras Décadas do Século XX
No início do século o quadro sócio-político-econômico mostrava–se cada vez mais nítido, contundente e demasiado cruel para uma linguagem realista do ponto de vista de alguns representantes da literatura e da arte. Esses, reagindo, vão formar uma escola estética denominada simbolismo, que vai usar uma forma de expressão revelando desencanto e decepção, em face do realismo. O sonho, a religião, o misticismo, a fantasia são as fontes do idealismo estético dessa nova dramaturgia. Na época, o simbolismo foi encarado por muitos como um modismo, inócuo e sem significação, tendo recebido de alguns o título de decadentismo e seus seguidores seriam decadentistas. São dramaturgos dessa escola, Coelho Neto com as peças, Quebranto o Diabo no Corpo, Goulart Andrade com o melodrama Os Inconfidentes, João do Rio com Encontro, Paulo Gonçalves com a Comédia do Coração, Roberto Gomes com A Bela Tarde e Canto sem Palavras. Oswald de Andrade juntamente com Guilherme de Almeida que escreveu duas peças em francês: Leur Âme e Mon Coeur Balance. As linhas idealistico-simbolistas irão aparecer mais tarde na eclosão do movimento modernista e mais tarde ainda, na produção ficcional de Clarice Lispector com um Sopro de Vida, interpretação de Marilena Ansaldi, em 1979, no Teatro Ruth Escobar, direção de José Posi Neto.
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