sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
V O Y E U R
Release
Por Natasha Visconde (Assessoria de Imprensa)
Em cima de uma cama a céu aberto ele realiza suas fantasias. Se exibe enquanto observa. Está exposto. Praticamente nu e a mercê dos mais variados olhares do público. Ele sabe que está sendo visto. Utiliza uma luneta para entreter-se. O que será que gosta de observar? O que lhe dá prazer? Afinal, quem é o voyeur? O público ou ele? O prazer em violar a intimidade alheia pode ser surpreendido com revelações inusitadas.
“Voyeur”, espetáculo em cartaz a partir do dia 05 de março na Sala Adolfo Celli do Teatro Goldoni, pode ser descrito como “um show performático em que o erotismo é uma via de acesso à proliferação deliberada de revelações, confissões e ataques”. Não é por acaso que a homofobia e o fascismo estão presentes como alvo. “Funciona como um grito de alerta, ele está se liberando sexualmente aos olhos de todos, e nesta manifestação, informações também indigestas vêm a tona. mas não é só isso”, comenta Andréa Costa, colaboradora na direção. Em algumas passagens o texto é sarcástico. Entretanto, o público pode encontrar brechas para o humor. Na boca dele, a palavra vira pimenta. Mas quem é ele? Quem é este homem que se apresenta em cima da cama? É jovem, têm os cabelos castanhos cacheados, os olhos levemente puxados, a boca carnuda, barba rala e atende pelo nome de Lolô Raposa.
Durante aproximadamente 50 minutos, o público se tornará voyeur de outro voyeur, um personagem com sede de infinito e insaciável. Através da luneta, ele lança o olhar para distancias inimagináveis. Lolô Raposa diz não morar no planeta terra. Está aqui, segundo ele, por acidente. “Moro longe daqui”, diz. “Em lugar estrelar, livre e seguro, cuja distancia não é maior que a distancia entre os homens. Homens estes, a quem amo espiar”. Lolô Raposa está, antes de qualquer coisa, se divertindo.
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