Projeto se propõe a investigar uma das vertentes precursoras do teatro contemporâneo
Evento vai trazer a Brasília encenadores como Antonio Araújo (do Teatro da Vertigem) e a atriz Vera Holtz
Sob o título TEATRO VISUAL: O QUE AINDA NÃO TÍNHAMOS VISTO?, o Núcleo de Pesquisa Resta Pouco a Dizer, criado pelos diretores Adriano e Fernando Guimarães, apresenta um ciclo de atividades artísticas e de formação que buscará investigar a vertente Teatro Visual como uma das precursoras do teatro contemporâneo. O projeto é resultante do edital FUNARTE/Brasília para ocupação do Teatro Plínio Marcos , e tem co-patrocínio do Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília. O Núcleo ocupará o espaço de 19 de janeiro a 18 de março, com performances, diálogos (palestras com convidados), espetáculos e oficinas.
O projeto contempla, ainda, um programa de intercâmbio com a companhia mineira de marionetes Pigmalião Escultura que Mexe, sediada em Belo Horizonte, que mostrará uma livre-adaptação de Esperando Godot, intitulada Bira e Bedé, que transpõe a obra-prima beckttiana para o universo de marionetes, em uma leitura lúdica. O grupo ministrará a oficina “A Composição da Marionete e a Construção do Movimento” e também conduzirá um diálogo sobre “A Visualidade no Teatro de Marionetes”.
A abertura das atividades conta com a participação da atriz Vera Holtz em Balanço, texto de Samuel Beckett e direção de Adriano e Fernando Guimarães, no dia 28 de janeiro, às 20h, seguida de palestra com o professor Fábio de Souza Andrade (USP-SP), tradutor de Samuel Beckett no Brasil. Todas as atividades acontecem no Teatro Plínio Marcos e têm entrada franca – exceção para a programação Resta pouco a dizer, que terá ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00.
Nos dias subsequentes, a programação contará com a participação de criadores das mais variadas expressões artísticas, como Antônio Araújo, fundador e diretor artístico do grupo de pesquisa Teatro da Vertigem, e docente da ECA-USP; Lílian Amaral, pesquisadora audiovisual, autora e professora da mesma Universidade; e Marília Panitz, crítica e curadora de artes visuais e docente do Departamento de Artes Visuais da UnB. Os pesquisadores propõem discussões sobre as rápidas e contundentes transformações sofridas pela linguagem teatral ao longo do século XX, seus questionamentos, formas de resistência e múltiplas expressões, com ênfase nas premissas filosóficas e artísticas do chamado Teatro Visual.
Três oficinas gratuitas serão oferecidas ao público. A primeira delas objetiva pesquisar o lugar do intérprete na cena contemporânea através do estudo do caso beckettiano, em personagens fragmentados, desprovidos da unidade física e/ou intelectiva – ou, como denomina o grupo de pesquisa, o “sujeito menos”; a segunda oficina partirá do estudo da dramaturgia que implode a ação e subverte os paradigmas que eram sustentáculos do teatro tradicional no Ocidente, por meio da peça Esperando Godot; e a terceira, ministrada pelo grupo mineiro Pigmalião Escultura que Mexe, explorará a ressignificação dos objetos cênicos, que são colocados a serviço de uma renovada (in)comunicabilidade cênica, com ênfase nas marionetes. As vagas são limitadas e haverá análise de currículo para cada oficina. Mais informações: SITE DO PROJETO.
domingo, 30 de janeiro de 2011
TEATRO VISUAL: O QUE AINDA NÃO TÍNHAMOS VISTO? - FUNARTE
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