quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Rosemberg Cariry no Canal Brasil


Siri-Ará

Cioran é um mestiço brasileiro que, depois do exílio na França, resolve voltar ao sertão, em busca da sua origem e da história do seu povo.

Todas as segundas ás 18h e 30min no Canal Brasil

Data: Segunda - 25 de janeiro |
Início: 18h30 |
Término: 20h15
Filme / Drama
Direção: Rosemberg Cariry
Elenco: Adilson Magah, Everaldo Pontes, Erotilde Honório, Juliana Carvalho, Richele Viana
País: Brasil
Ano: 2008
Duração: 90 min
Cor: Colorido
Classificação: Programa livre

Sobre o diretor:

Rosemberg Cariry

Filósofo de formação, Rosemberg Cariry começou sua carreira cinematográfica em 1975 com documentários de curta metragem sobre artistas populares e manifestações artísticas do Ceará e do Nordeste. Depois, já na década de 1980, realizou os seus primeiros filmes documentários profissionais.
Em 1986, realizou seu primeiro filme de longa metragem (documentário), A Irmandade da Santa Cruz do Deserto, episódio de resistência camponesa que ocorreu em 1936 e que terminou tragicamente com a intervenção armada do governo e com milhares de camponeses mortos. Essa história era um tabu e foi abordada pela primeira vez, com grande repercussão. O filme foi premiado nacionalmente e recebeu convite para participar de festivais em Portugal e Cuba. A partir de 1987, Rosemberg Cariry foi contratado pela televisão Verdes Mares para produzir programas culturais e realizar documentários sobre a história e as artes do Nordeste do Brasil.

Em 1993, quando a produção de cinema no país havia entrado em completo colapso, ele filmou, ainda como cineasta independente, seu segundo longa-metragem (ficção) A Saga do Guerreiro Alumioso. Esse filme foi finalizado com apoio da Cinequanon de Lisboa e do Instituto Português de Arte Cinematográfica (IPACA). A ação se desenrola em uma cidade imaginária dos sertões. Ele mostra o confronto tradicional entre os camponeses e os grandes proprietários de terra, que será resolvido por um Dom Quixote sertanejo que se identifica com o mito de Lampião. O filme ganhou o prêmio de “Melhor Filme do Júri Popular”, o prêmio de “Melhor Ator” e de “Melhor Ator Coadjuvante”, no XXVI Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 1993. A Saga do Guerreiro Alumioso marcou, de alguma forma, junto com três outros que foram produzidos na época, o movimento de resistência do cinema brasileiro. Esse filme foi selecionado para representar o Brasil no Festival dos Três Continentes de Nantes (França) e participou de muitos outros festivais internacionais: Portugal, Itália, Colômbia, Cuba, Canadá, Estados Unidos da América, Uruguai, Bélgica, etc.

Em 1995, Rosemberg Cariry obteve o Prêmio da Retomada do Cinema Brasileiro, em concurso realizado pelo Ministério da Cultura e pôde começar a produção do seu terceiro filme de longa metragem, ficção, que se chamou Corisco e Dadá. O filme, baseado na história verídica de um casal de cangaceiros célebres nos anos 40, mostra em toda a sua dimensão trágica, a luta do homem pela sobrevivência nos sertões secos e miseráveis do Nordeste.Corisco e Dadá, um dos filmes do chamado “ Renascimento do Cinema Brasileiro ”, foi bem recebido pela crítica, teve lançamento comercial em muitas cidades brasileiras e obteve inúmeros prêmios no Brasil e no exterior, notadamente o Prêmio do Grande Coral ( 3º prêmio) em Havana (Cuba) e o Prêmio Cittá del Vasto (Adventure Film Festival), na Itália. Entre os muitos festivais internacionais de que participou, destacam-se :Toronto, Trieste, Toulouse, Nantes, Pal Springs, New Delhi, Chicago e Ankara.

Paralelamente à sua atividade, Rosemberg Cariry publicou também várias coletâneas de poesia, compôs canções com compositores regionais e exerceu atividade de jornalista cultural. Contribuiu notadamente para o reconhecimento e valorização da cultura popular tradicional nordestina. Por ter participado amplamente da preservação do patrimônio cultural do povo brasileiro, foi recompensado em 1996, pelo Prêmio Rodrigo de Melo Franco / IPHAN, outorgado pelo Ministério da Cultura do Brasil.
Rosemberg Cariry é proprietário da Cariri Filmes, empresa especializada em produções audiovisuais, sobretudo de filmes e vídeos artísticos e educativos. Na cidade de Fortaleza, onde reside, é membro do Conselho de Cultura do Estado do Ceará e participa de várias entidades culturais públicas.

Um traço marcante da obra de Rosemberg Cariry é a busca sempre renovada das fontes e dos encontros culturais: procura extrair o universal do particular, estabelecer ligações entre as diferenças culturais e, em particular, entre as formas eruditas e populares. Assim, o seu trabalho, profundamente imerso na cultura no Nordeste do Brasil, chega ao universal, através de uma dimensão essencialmente humanista.

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