Quero viver como as flores, sem levar saudade das primaveras, quero somente ter a alegria de alcançar o infinito e num mundo de cores renascer.
Quero viver como as nuvens, refazendo minhas formas no espaço, levando esperança a todo canto. Quero me abrigar deste cansaço, morrer, vivendo, sem nenhum espanto.
Quero viver como os rios que livremente se dão oceanos, que se lançam, sem temor, arrastando mágoas, desenganos, quero levar por vilas e cidades enchentes de amor.
Quero morrer como as manhãs, sentindo o despertar de cada sol, quero a luz do dia, penetrando em mim, mostrar ao mundo inteiro, fazer crer que morte não é fim.
Quero ser manhã para ser capaz de anoitecer.
Ivone Boechat Publicado no meu livro AMANHECER 3a.Ed Reproarte-RJ 2004
Aquela mulher, com brilho no olhar, firmeza inabalável, passos apressados, voz forte, desafiou a todos, a si mesma desafiou muito mais, nunca se deteve... avançou em paz. É a mesma mulher que na solidão, na pobreza ou na fartura, dividiu tudo o que sempre conquistou. Essa mulher que passou por cima da brasa dos seus próprios medos, caminhou enfrentando a resistência do movimento dos sem ideal, dos sem meta, dos sem coragem... Aquela mulher atravessou montanhas, percorreu caminhos de pedra, chorou em silêncio, sozinha, confiou, mesmo quando lhe afirmavam que o mundo ia desabar. Aquela mulher é minha mãe! Ela não seguiu os sinais no caminho apontados para o fracasso, sofreu, viveu, viverá sempre, em tudo ou toda obra, porque vai deixar muito mais para frente do que para trás.
Renascer
ResponderExcluirQuero viver como as flores,
sem levar saudade das primaveras,
quero somente ter
a alegria de alcançar o infinito
e num mundo de cores renascer.
Quero viver como as nuvens,
refazendo minhas formas no espaço,
levando esperança a todo canto.
Quero me abrigar deste cansaço,
morrer, vivendo,
sem nenhum espanto.
Quero viver como os rios
que livremente se dão oceanos,
que se lançam,
sem temor,
arrastando mágoas, desenganos,
quero levar por vilas e cidades
enchentes de amor.
Quero morrer como as manhãs,
sentindo o despertar de cada sol,
quero a luz do dia, penetrando em mim,
mostrar ao mundo inteiro,
fazer crer
que morte não é fim.
Quero ser manhã
para ser capaz de anoitecer.
Ivone Boechat
Publicado no meu livro AMANHECER 3a.Ed Reproarte-RJ 2004
Aquela mulher é minha mãe!
ResponderExcluirAquela mulher, com brilho no olhar,
firmeza inabalável,
passos apressados, voz forte,
desafiou a todos,
a si mesma desafiou muito mais,
nunca se deteve... avançou em paz.
É a mesma mulher que na solidão,
na pobreza ou na fartura,
dividiu tudo o que sempre conquistou.
Essa mulher
que passou por cima da brasa
dos seus próprios medos,
caminhou enfrentando
a resistência do movimento
dos sem ideal,
dos sem meta, dos sem coragem...
Aquela mulher atravessou montanhas,
percorreu caminhos de pedra,
chorou em silêncio, sozinha,
confiou,
mesmo quando lhe afirmavam
que o mundo ia desabar.
Aquela mulher
é minha mãe!
Ela não seguiu os sinais no caminho
apontados para o fracasso,
sofreu, viveu,
viverá sempre,
em tudo ou toda obra,
porque vai deixar muito mais
para frente do que para trás.
Ivone Boechat